Cruzeiro é campeão em grande estilo com outra vitória

A festa de campeão que o Cruzeiro realizou no último domingo, no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, teve uma continuação nesta quarta-feira em Salvador e, desta vez, sem ressalvas. O tri está confirmado também pela matemática. Como em todo Campeonato Brasileiro, o time mineiro fez mais do que precisava. Venceu o Vitória por 3 a 1, no estádio Barradão, pela 34.ª rodada, mesmo beneficiado pela vitória do Criciúma sobre o Atlético Paranaense, o vice-líder.

Com a confirmação do título, os mineiros igualam o recorde da campanha são-paulina de 2007, vitoriosa com quatro rodadas de antecedência. “Estamos na história do Cruzeiro. Tricampeão, em Minas, só o Cruzeiro”, disse o atacante Borges, que também celebrou o seu tri pessoal, depois dos dois títulos no São Paulo (2007/2008) e não deixou de cutucar o arquirrival Atlético Mineiro.

O jogo foi atípico. A comemoração dos atletas começou no intervalo, quando terminou o jogo de Criciúma (SC). Eles pularam timidamente tentando manter a concentração para o segundo tempo. No final do jogo, saudaram os mineiros que pintaram o caldeirão baiano de azul com uma réplica do troféu do Campeonato Brasileiro. “Esse título tem de ser dedicado para a nossa torcida, que levou o time a um desempenho incrível dentro e fora de casa”, disse o zagueiro Dedé.

Com o resultado, a equipe chegou aos 74 pontos, 16 a mais que o segundo colocado, o Atlético Paranaense. Já o Vitória manteve os 51 pontos e viu seu sonho de chegar à primeira Copa Libertadores ficar um pouco mais distantes. A equipe está, agora, a cinco pontos do quarto colocado, o Goiás.

Desde o início o jogo teve ritmo intenso. Precisando do triunfo para se aproximar do G4 e apoiado pela torcida, o Vitória começou pressionando o Cruzeiro. O time mineiro, por outro lado, mostrava pouco empenho na defesa, mas sempre que recuperava a bola se lançava ao ataque, em velocidade, com rápidas trocas de bola.

A combinação resultou em um jogo aberto, com grande quantidade de chances de gol para as duas equipes. O Vitória viu seus atacantes chegarem duas vezes sozinhos na frente do gol defendido por Fábio. Na primeira, aos 23 minutos, Marquinhos recebeu livre na área, pela direita, e chutou forte, cruzado, para grande defesa do goleiro cruzeirense, que não deu rebote. Cinco minutos depois, Dinei recebeu passe açucarado de Juan, na marca do pênalti, escolheu o canto e bateu colocado. A bola, porém, saiu à direita do gol, enquanto Fábio apenas olhava.

Foi o Cruzeiro, porém, que abriu o placar, aos 35 minutos. Em mais uma rápida jogada, Dagoberto recebeu lançamento vindo da defesa e acionou Willian, que venceu os zagueiros na corrida e tocou na saída de Wilson.

Os jogadores do Cruzeiro passaram o intervalo acompanhando os minutos finais da derrota do Atlético para o Criciúma. Voltaram para o campo já comemorando. Antes do reinício da partida, com a confirmação do resultado, eles pularam e se abraçaram em campo. “Agora vamos confirmar a vitória para coroar o trabalho”, disse o atacante.

O Vitória, porém, chegou ao empate logo no início do segundo tempo. Aos 5 minutos, o zagueiro Léo, do Cruzeiro, errou um lançamento e a bola sobrou para William Henrique. O atacante, que havia entrado no intervalo, lançou Dinei, que ainda dividiu com Fábio antes de conseguir empurrar para o gol.

O empate reacendeu a torcida do Vitória e o time voltou a pressionar. No lance mais agudo, aos 24 minutos, William Henrique foi lançado pela direita e passou para Dinei, dentro da área, concluir de primeira. Mais uma vez, o goleiro Fábio fez grande defesa. No minuto seguinte, o Cruzeiro chegou ao segundo gol. Dagoberto foi lançado pela esquerda e rolou para Julio Baptista tocar de primeira, vencendo o goleiro Wilson.

O Vitória seguiu pressionando e chegou a acertar o travessão de Fábio, em uma finalização de Kadu, após sobra de bola dentro da área, aos 33 minutos. Mais uma vez, a resposta do Cruzeiro foi imediata. Aos 35, Ricardo Goulart recebeu de Willian e tocou com categoria, no contrapé de Wilson, para fechar o placar. O Vitória ainda tentou diminuir, mas parou no goleiro cruzeirense.

FICHA TÉCNICA

VITÓRIA 1 x 3 CRUZEIRO

VITÓRIA – Wilson; Ayrton (Pedro Oldoni), Victor Ramos, Kadu e Juan; Marcelo (Euller), Cáceres, Renato Cajá (William Henrique) e Escudero; Marquinhos e Dinei. Técnico: Ney Franco.

CRUZEIRO – Fábio; Mayke, Dedé, Léo e Egídio (Everton); Leandro Guerreiro, Lucas Silva e Ricardo Goulart; Dagoberto (Tinga), Borges (Julio Baptista) e Willian. Técnico: Marcelo Oliveira.

GOLS – Willian, aos 35 minutos do primeiro tempo; Dinei, aos 5, Julio Baptista, aos 25, e Ricardo Goulart, aos 35 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS – Juan, Victor Ramos e William Henrique (Vitória); Borges e Willian (Cruzeiro).

ÁRBITRO – Paulo Henrique Godoy Bezerra (SC).

RENDA – R$ 361.447,00.

PÚBLICO – 27.168 pagantes.

LOCAL – Estádio Barradão, em Salvador (BA).

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