Um dia depois de o Cruzeiro ser derrotado por 1 a 0 pelo Avaí, no estádio da Ressacada, em Florianópolis, pelo Campeonato Brasileiro, o vice-presidente de futebol do time mineiro, Bruno Vicintin, fez um pronunciamento e concedeu entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira, na Toca da Raposa II, onde manifestou indignação com erros de arbitragem cometidos contra a equipe cruzeirense em Santa Catarina. O dirigente ainda destacou que viu o time também ter sido prejudicado no confronto anterior do Brasileirão, contra o Fluminense, que terminou empatado por 1 a 1, em Mesquita (RJ), na última quinta-feira.

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Ao abordar a atuação do árbitro paulista Flávio Rodrigues de Souza no jogo contra o Avaí, Vicintin revelou que o Coronel Marinho, chefe da arbitragem da CBF, concordou com o protesto cruzeirense que foi apresentado no Rio na sede da entidade pelo diretor de futebol do clube, Klauss Câmara, e o gerente de futebol do time, Tinga, que também acompanharam nesta segunda-feira o sorteio dos árbitros para os duelos de volta das quartas de final da Copa do Brasil.

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Vicintin reclama da não marcação de três pênaltis que teriam sido sofridos por jogadores do Cruzeiro, sendo um deles “absurdo” em lance no qual o goleiro Douglas, do Avaí, atropelou Élber em lance que foi considerado normal pela arbitragem. O dirigente ainda contemporizou ao admitir que o árbitro Leandro Pedro Vuaden acabou assinalando um pênalti para o Fluminense em um lance “rápido, difícil”, no qual apontou que, “se houve calço na falta que originou a penalidade”, o mesmo ocorreu fora da área. Entretanto, o vice do Cruzeiro não poupou críticas à arbitragem de Flávio Rodrigues de Souza.

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“Contra o Avaí consideramos que tiveram três pênaltis, principalmente um que foi absurdo, onde o goleiro atropela o Élber. A gente considera absurdo cinco árbitros no campo, e nenhum marcar o pênalti. Tive cuidado de ver todos os comentaristas de arbitragem em todos os canais de TV. E todos foram unânimes em dizer que foi pênalti. Foi um lance que nos prejudicou muito”, afirmou Vicintin.

ÁRBITRO DE QUARTA-FEIRA – O dirigente ainda aproveitou a entrevista coletiva desta segunda para elogiar o árbitro goiano Wilton Pereira Sampaio, definido em sorteio para apitar o jogo de quarta-feira contra o Palmeiras, no Mineirão, pelo confronto de volta das quartas de final da Copa do Brasil. Vicintin, porém, apontou erros que teriam sido cometidos pelo juiz, entre eles um em jogo que o Cruzeiro fez contra o São Paulo pela fase anterior da competição nacional, na qual o time mineiro reclamou que um do gol do time são-paulino foi irregular. Um outro suposto erro cometido por Sampaio lembrado pelo vice cruzeirense foi o de que o mesmo “não deu um pênalti para o Coritiba” em uma das partidas da final da Copa do Brasil de 2012, na qual o Palmeiras acabou se sagrando campeão.

“Historicamente, ele é um bom árbitro, e a gente confia que estes erros vão ficar para trás e que ele vai fazer uma grande arbitragem”, afirmou Vicintin, ao mesmo tempo adotando um certo tom de cobrança em relação ao juiz do jogo de quarta-feira ao dizer que membros da comissão de arbitragem CBF prometeram “atenção maior” na atuação dos árbitros nos próximos confrontos.

“Eles falaram que realmente existiu erro. Que o Cruzeiro foi prejudicado contra o Avaí, inegavelmente. Os outros lances eles ficaram de analisar. Falaram que esperam que a arbitragem melhore, que terão atenção maior nos próximos jogos, começando por esta quarta-feira”, ressaltou o dirigente, que ainda disse acreditar que o Cruzeiro foi prejudicado pela arbitragem também no duelo de ida desta Copa do Brasil contra o Palmeiras, no qual o time mineiro chegou a abrir vantagem de 3 a 0 no primeiro tempo, mas levou o empate por 3 a 3 na etapa final.

“Esperamos que a arbitragem não seja protagonista no jogo de quarta-feira e que tudo corra bem, que o melhor vença em campo. Já estamos vindo para o segundo jogo em que poderíamos ter uma vantagem maior se o terceiro gol do Palmeiras não tivesse sido validado”, ressaltou o dirigente, apontando que este gol do empate dos palmeirenses foi irregular.