Depois de dois tropeços, o Cruzeiro reencontrou o caminho do gol nesta quarta-feira e derrotou o Fluminense por 1 a 0, no estádio do Mineirão. Mas o futebol do time mineiro na maior arena de Belo Horizonte ficou muito aquém daquele mostrado ao longo da maior parte do Campeonato Brasileiro e a vitória foi sofrida, mesmo com o rival carioca jogando com um a menos nos 15 minutos finais, e que pode ser atribuída principalmente ao goleiro Fábio.
Com o resultado, o Cruzeiro termina a 29.ª rodada da competição com 62 pontos e, tão importante quanto os três pontos, elevou o moral da equipe para os próximos compromissos contra Coritiba, neste domingo, e Criciúma, no outro sábado (dia 26), que lutam para se manterem na Série A. O Fluminense permaneceu com 35 pontos e perdeu a chance de afastar um pouco o fantasma do rebaixamento que também paira sobre a Ponte Preta, adversário que receberá no Maracanã neste sábado.
Quando o árbitro deu início à partida, foi o Fluminense que avançou contra o Cruzeiro e até conseguiu chegar à área adversária, mas logo o time mineiro retomou as rédeas e passou a impor o mando de campo. Com a pressão, os visitantes começaram a errar muito, facilitando o trabalho dos anfitriões. Os erros aumentaram ainda mais após o técnico celeste, Marcelo Oliveira, adiantar o time, o que fez com que a equipe carioca optasse por jogadas longas para evitar abrir espaço.
Mas não adiantou. Aos 17 minutos, Ricardo Goulart fez jogada individual pela direita e passou por boa parte da defesa tricolor. O meia caiu na área no momento de finalizar, porém a bola sobrou livre para Borges, que tocou de primeira no canto do goleiro Klever. Logo depois, o Fluminense teve uma de suas duas melhores chances no primeiro tempo, depois que Rafinha deixou Rafael Sóbis sozinho para marcar. O atacante bateu firme, mas a bola foi para fora.
Após marcar, o Cruzeiro não recuou, mas passou a jogar com mais calma, trabalhando melhor a bola, e não teve problema em manter o controle da partida. Apenas aos 31 minutos o Fluminense deu outro susto na torcida celeste. Desta vez foi Rafael Sóbis que, com jogada individual, chegou à área pela direita e deu passe rasteiro para Samuel, que mesmo sozinho diante da meta mandou a bola por cima do gol.
No intervalo, o técnico Vanderlei Luxemburgo queimou as duas alterações a que ainda tinha direito – Wagner já havia deixado o campo no primeiro tempo sentido dores. As mudanças surtiram efeito e o time carioca voltou para o campo com muito mais garra. Os visitantes conseguiram criar bem mais oportunidades e aí foi a vez de o Cruzeiro começar a errar. E o Fluminense só não empatou por causa de alguns vacilos do ataque tricolor e, principalmente, do bom trabalho do goleiro Fábio, que fez defesas preciosas. Como a que impediu a bola de entrar após uma bela cabeceada de Samuel aos 28 minutos.
Enquanto a produção do Fluminense crescia, a do Cruzeiro baixava na mesma proporção. Mas Rafael Sóbis complicou a situação do próprio time. O atacante entrou na provocação de Dagoberto, que havia substituído Borges, e fez falta dura no atleta celeste. Como já tinha cartão amarelo, foi mais cedo para o chuveiro.
Nem assim o Cruzeiro conseguiu reencontrar o futebol que mostrou no primeiro tempo e ainda passou por muito sufoco para segurar o placar até o apito final. “O Fluminense tentou reagir, mas conseguimos segurar e os três pontos são fundamentais”, desabafou o lateral-direito Ceará.
FICHA TÉCNICA
CRUZEIRO 1 x 0 FLUMINENSE
CRUZEIRO – Fábio; Mayke, Léo, Bruno Rodrigo e Egídio (Ceará); Nilton, Lucas Silva, Éverton Ribeiro e Ricardo Goulart; William (Élber) e Borges (Dagoberto). Técnico: Marcelo Oliveira.
FLUMINENSE – Klever; Bruno, Gum e Leandro Euzébio; Aílton (Igor Julião), Edinho, Jean, Rafinha (Rhayner) e Wagner (Felipe); Rafael Sobis e Samuel. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
GOL – Borges, aos 17 minutos do primeiro tempo.
CARTÕES AMARELOS – Lucas Silva, Egídio, Nilton e William (Cruzeiro); Rafinha e Rhayner (Fluminense).
CARTÃO VERMELHO – Rafael Sóbis (Fluminense).
ÁRBITRO – Paulo Henrique Godoy Bezerra (SC).
RENDA – R$ 1.270.930,00.
PÚBLICO – 31.564 pagantes.
LOCAL – Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte (MG).