Não bastasse a derrota no clássico, o Cruzeiro se mostrou bastante insatisfeito com o tratamento dado pelo Atlético-MG no Independência no último sábado. Após a queda por 1 a 0, pelo Campeonato Brasileiro, o time celeste divulgou nota atacando a recepção atleticana e reclamando da instalação onde a diretoria foi alocada na casa do maior rival.

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“Em atitude covarde de seu presidente, (o Atlético-MG) colocou o staff e a diretoria do Cruzeiro em camarotes ao lado de lutadores de uma torcida organizada. Não fosse a intervenção da Polícia Militar, haveria ocorrido uma tragédia hoje no estádio Independência”, apontou o clube.

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Ao longo da semana, as diretorias de Cruzeiro e Atlético-MG travaram uma batalha na Justiça, em que o time celeste requisitava ingressos para seus torcedores no clássico. E na partida, o time alvinegro decidiu colocar a diretoria rival em um camarote diferente do usual.

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A atitude revoltou os cartolas cruzeirenses, que reclamaram ainda do comportamento da torcida adversária. De acordo com eles, o camarote ficava muito próximo a uma organizada atleticana e uma confusão só não aconteceu graças à intervenção dos policiais. O Atlético-MG, por sua vez, minimizou a reclamação e criticou a postura da diretoria rival.

“O Atlético atendeu a todas as solicitações do clube visitante, seja nos camarotes destinados à sua diretoria e convidados, seja na segurança reservada a eles. Lamentamos que o Cruzeiro tenha optado pelo ataque verbal ao presidente do Atlético, o chamando de ‘covarde’, quando os verdadeiros covardes são os que acobertaram torcedores que agrediram nossos atletas, além de diversos transtornos ocorridos na final do Campeonato Mineiro, no Mineirão”, destacou, também em nota.

A agressão apontada pelo Atlético-MG foi um empurrão de um torcedor no atacante Luan no túnel do Mineirão na segunda partida da decisão do Campeonato Mineiro, conquistado pelo Cruzeiro. E não bastasse as críticas ao rival, o time alvinegro aproveitou a oportunidade para provocar.

“Vale ressaltar que prezamos sempre pela segurança das equipes visitantes, não havendo qualquer ocorrência que desabone nossa conduta. E assim sendo, não havendo um incidente sequer, reputamos as reclamações do rival como um mero choro de perdedor.”

Justamente por este entrevero, a diretoria do Cruzeiro decidiu não liberar nenhum atleta, ou até mesmo o técnico Mano Menezes, para conceder entrevista coletiva após a partida. Por isso, Mano falará com a imprensa neste domingo, na Toca da Raposa II.