A diretoria do Cruzeiro não escondeu a indignação com a expulsão do zagueiro Dedé na derrota para o Boca Juniors por 2 a 0, na noite desta quarta-feira, na Bombonera, em Buenos Aires, pelas quartas de final da Copa Libertadores. Em nota, o time mineiro atacou o árbitro da partida, criticou a Conmebol e avisou que poderá até tomar “medidas judiciais” no caso.

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“A diretoria do Cruzeiro Esporte Clube vem a público repudiar de forma veemente a expulsão absurda do zagueiro Dedé”, registrou o Cruzeiro, em nota. “O clube considera que o juiz paraguaio Eber Aquino, por ato deliberado, praticou uma das maiores, mais lesivas e equivocadas decisões já tomadas na história do futebol, uma vez que o árbitro mesmo tendo a oportunidade de consultar o VAR no lance do jogo, conseguiu tomar uma decisão flagrantemente contrária ao que foi registrado pelas imagens.”

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No polêmico lance da partida, Dedé protagonizou jogada casual ao acertar sua cabeça no queixo do goleiro Andrada, após cruzamento da direita na área. Enquanto o goleiro recebia atendimento, Eber Aquino foi chamado pelo árbitro de vídeo e, após analisar a imagem, mostrou cartão vermelho direto para o zagueiro. O Cruzeiro já perdia por 1 a 0. Após ficar com um jogador a menos em campo, sofreu o segundo gol.

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O lance gerou forte reclamação por parte dos jogadores e do técnico Mano Menezes. “O mundo inteiro está falando sobre o problema. Achei que as coisas iriam mudar. Prometeram mudar na Conmebol. Mudaram-se as direções, o comando da Confederação e agora viemos com o VAR, que seria usado para não termos grandes injustiças no futebol, mas hoje estamos vendo isso aqui”, declarou o treinador.

Em comunicado, a diretoria cruzeirense, pediu investigação do caso. “É imprescindível que a Conmebol determine a abertura de investigação formal contra esse flagrante e imponderável atentado contra o futebol brasileiro”, afirmou o clube.

“A cúpula celeste informa, também, que está estudando as melhores opções para ingressar à Conmebol na busca por amenizar o tamanho prejuízo técnico decorrido da expulsão de Dedé, inclusive buscando por medidas judiciais contra os autores desta covardia.”

O clube mineiro ainda pediu o apoio da CBF na defesa dos times brasileiros. “Esperamos que a CBF assuma imediatamente a sua responsabilidade na defesa dos clubes brasileiros, que há tanto tempo são prejudicados maliciosamente pela arbitragem internacional. Isso precisa acabar!”, afirmou.

O Cruzeiro faz referência ao caso do Santos, que também se diz prejudicado pela Conmebol em razão da punição sofrida nas oitavas de final da mesma competição. O time paulista foi punido pela escalação do volante Carlos Sánchez no jogo de ida contra o Independiente. Com a decisão, o empates sem gols em Avellaneda se tornou derrota por 3 a 0. No jogo da volta, novo 0 a 0, que acabou decretando a eliminação da equipe, que alega ter sido prejudicado pela punição, considerada injusta pela diretoria do clube.

Nas redes sociais, o Santos se solidarizou com o Cruzeiro ao ironizar a polêmica arbitragem do jogo em Buenos Aires: “‘A Conmebol não decepciona: consistência!’. Força, @Cruzeiro”.