Cristiano Ronaldo supera Messi e leva a Bola de Ouro

Era para ser apenas mais uma festa. Mas o evento de gala da Fifa nesta segunda-feira também foi palco de acusações. A Fifa deu a Bola de Ouro de melhor jogador do mundo para o português Cristiano Ronaldo, o primeiro atleta a sair com um troféu individual sem ter levado seu clube a sequer um título durante o ano. Ronaldo superou Frank Ribèry e Lionel Messi.

Mas a decisão causou um profundo desconforto dos alemães, que acusam o processo de ter sido manipulado para favorecer o português. Neste ano, pela primeira vez na história do prêmio, a Fifa ampliou o prazo de eleição, justamente para permitir que os jogos da repescagem das Eliminatórias para a Copa do Mundo pudessem também ser avaliados. Ronaldo levou Portugal para o Mundial com uma atuação de gala e que causou um impacto mundial.

Mas a ampliação do prazo não incluía o Mundial de Clubes, no qual Frank Ribèry foi eleito o melhor do torneio e saiu como campeão pelo Bayern. “Algumas pessoas manipularam o processo”, disse o presidente do Bayern Munique, Uli Hoeness, antes mesmo do anúncio ao chegar em Zurique. “Não se ajusta nos planos de alguns que o Bayern ganhe tudo”, insistiu, apontando uma “conspiração”.

O próprio Ribèry chamou o processo de “vergonha”. “Foi o meu ano. Não vejo lógica (ao não ganhar)”. Ele ficou na segunda posição no prêmio. “Não posso fazer mais para ganhar a Bola de Ouro. Ganhei tudo este ano”, disse.

Coroa

Com ou sem polêmica, Cristiano Ronaldo saiu coroado de Zurique com a segunda Bola de Ouro de sua carreira e a confirmação de que faz parte da história do futebol. A primeira ele recebeu em 2008. Mas, desde então, Lionel Messi havia dominado todas as premiações. Neste ano, o argentino chegou apenas na terceira posição na votação.

O técnico da seleção brasileira, Luis Felipe Scolari, votou pelo português como o melhor, colocando Messi em segundo e Ibrahimovic em terceiro.

Em 57 jogos, Ronaldo marcou 69 gols, comandou o Real Madrid e garantiu a presença de Portugal na Copa do Mundo. Mas 2013 também foi um ano de polêmicas. Joseph Blatter, presidente da Fifa, zombou em um evento público do comportamento do português em campo.

Nesta segunda, Blatter tentava apagar o mal-estar, dizendo que telefonou para o português para se explicar. Mas o resultado foi uma onda de queixas do Real Madrid contra a Fifa e até a acusação de Ronaldo de que Blatter e sua entidade sempre saíam ao apoio de Messi.

Segundo analistas, o prêmio pode garantir que o salário anual de Ronaldo suba para 50 milhões de euros por ano, o maior valor já obtido por um atleta no futebol. “Joguei 30 anos cedo demais”, brincou Michel Platini, presidente da Uefa e ex-Bola de Ouro, à reportagem.

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