Falecido nesta quinta-feira (27) após complicações pós-operatórias, Valdir Espinosa está no seleto grupo dos treinadores campeões do mundo – no Grêmio, em 1983 – e em outro seleto grupo, o de técnicos que passaram por Athletico, Coritiba e Paraná Clube. Em períodos distintos, mas já com o status de campeão, ele teve momentos marcantes no Trio de Ferro. Não conquistou títulos, mas tem seu nome marcado na trajetória dos nossos clubes.
Coritiba
Valdir Espinosa chegou ao Coritiba em 1988, para substituir Emerson Leão. Ele vinha do Cerro Porteño, na segunda experiência internacional da carreira. O Coxa vinha mal na Copa União, e o treinador precisava de um bom trabalho para marcar terreno no mercado. E para os dois o negócio foi bastante positivo. Após um início fraco, o time se recuperou e ficou perto da classificação para o mata-mata.
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Naquele time de 1988 estava a base do elenco que no ano seguinte seria campeão estadual e seria considerado um dos maiores times da história do Coritiba. Mas ele não ficou para 1989, indo para o Botafogo fazer história e ser campeão carioca pela primeira vez em 21 anos.
Dez anos depois, um cenário super parecido. Depois de uma passagem pelo Japão, Valdir Espinosa estava em baixa no mercado quando o Coritiba o contratou. Com o treinador, o Coxa arrancou para as primeiras posições do Campeonato Brasileiro de 1998 e empolgou a torcida. Só que, na véspera de um jogo contra o Guarani, em Campinas, ele deixou a concentração para assinar com o mesmo Botafogo.
Paraná
Valdir Espinosa pegou um osso duro de roer no Paraná Clube. O Tricolor perdeu na estreia do Campeonato Brasileiro de 1999 para o Santos ainda com Márcio Araújo como treinador. A segunda partida seria duas semanas depois, e no meio desse caminho houve a troca no comando técnico. Espinosa assumiu e logo na estreia uma vitória marcante sobre o Flamengo no Maracanã por 1×0, gol de Pingo.
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Só que o início animador não foi mantido. Após sete partidas sem vitória, a derrota para o Botafogo por 3×2 no Pinheirão não foi aceita pela torcida e pela diretoria. Com um time cheio de caras conhecidas (Régis, Hélcio, Hílton, Fernando Diniz, Jorginho, Nélio e Washington), o Tricolor demitiu Espinosa e contratou Abel Braga.
Athletico
No Athletico, Valdir Espinosa chegou em 24 de julho, após a frustrante participação na Copa dos Campeões, que abreviou a carreira do preparador físico Riva como técnico. Ao lado do filho e auxiliar Rivelino Serpa, o treinador estreou em 11 de agosto numa derrota para o Guarani por 2×1. Em campo, estavam Flávio, Alessandro, Fabiano, Alan Bahia, Kléber e Dagoberto.
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O Furacão estava no G8 do Campeonato Brasileiro após catorze jogos, mas uma derrota para o São Caetano dentro da Arena da Baixada levou a diretoria rubro-negra a demitir o técnico, que vivia problemas de relacionamento “só” com Alex Mineiro e Kleberson. Mas, no final das contas, com ele o Athletico teve o rendimento mais razoável no ano pós-título. Depois, com Gilson Nunes e Abel Braga, o time caiu de produção e terminou o Brasileirão na 14ª posição.
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