São Paulo x Athletico: segundo tempo de pesadelo e mais uma derrota

São Paulo x Athletico
Luciano comemora o único gol de São Paulo x Athletico. Apesar de barafunda tática, o time de Fernando Diniz foi quem mais quis a vitória. Foto: Adriana Spaca/FramePhoto/Folhapress

Fernando Diniz contra Dorival Júnior, São Paulo x Athletico. O jogo dos times que colocam a bola no chão e trocam passes. Mas que estão devendo muito no Brasileirão. E nesse jogo, que aconteceu nesta quarta-feira (26) no Morumbi, deu tricolor paulista por 1×0, marcando a quarta derrota consecutiva do Furacão no Campeonato Brasileiro. Uma sequência de atuações ruins e resultados também.

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Apesar de ter tido o domínio no primeiro tempo, a queda impressionante de rendimento do Rubro-Negro na etapa final permitiu que o São Paulo pressionasse e conseguisse o gol da vitória. Essa falta de ação do Athletico, que vem se repetindo, é preocupante, porque foge exatamente do ponto que foi ressaltado pelo diretor Paulo André após a derrota para o Fluminense – o time precisava voltar ao seu estilo, agressivo e ofensivo.

Os times

Fernando Diniz tinha tomado uma decisão arriscada já no jogo contra o Sport – abdicar de zagueiros de ofício para ter uma saída mais qualificada. Diante do time pernambucano, houve tropeços, mas o São Paulo venceu. O plano se repetiria diante do Athletico, com Diego Costa (volante) e Léo Pelé (aquele lateral que jogou no Londrina) formando a dupla de zaga.

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A opção de Dorival Júnior, de volta ao banco, era ter um time mais agressivo, com mais potencial de finalização. Sem Vitinho (preservado) e Nikão (ainda lesionado), mas com Geuvânio, Pedrinho (enfim!) e Guilherme Bissoli, que estava de volta. Eram três atacantes mais incisivos, que buscariam mais o arremate, coisa que o Furacão pouco tinha feito nos jogos anteriores – o SporTV fez a conta, tinham sido sete chutes em três partidas.

São Paulo x Athletico: o jogo

Os primeiros minutos de São Paulo x Athletico foram daquele jeito. Toca de lá, toca de cá, defensores com a bola… E nada de emoção. O Furacão tinha espaço, tanto para a troca de passes quanto para a saída em velocidade. E na primeira vez que conseguiu encaixar um ataque, Léo Cittadini obrigou Tiago Volpi a fazer boa defesa. A saída de bola do time paulista era temerária, bem do jeito que Fernando Diniz gosta, e uma pressão bem feita poderia surtir efeito.

Mas o Athletico também era irregular, e permitia ao São Paulo chegar perigosamente na área rubro-negra. E assim o jogo tinha alternâncias de domínio, sem que ninguém merecesse abrir o placar. Apenas as chegadas de Cittadini, aproveitando a falta de cobertura de Tchê Tchê e Gabriel Sara, levavam perigo a Volpi. Mas na maior parte do tempo, parecia um espelho: quando os donos da casa atacavam, o Furacão voltava todo; do outro lado, a situação se invertia.

Léo Cittadini foi a melhor opção ofensiva do Athletico. Foto: Divulgação/CAP

Os erros poderiam decidir o jogo. E havia bastante erros de passe nos dois times que permitiam sair em velocidade. Mas ninguém fazia por onde ameaçar muito os goleiros. A sensação após 45 minutos era que se o Furacão buscasse uma imposição tática, venceria a partida no Morumbi. Mas foi só uma sensação.

Etapa final

Com Paulinho Boia e Hernanes, os paulistas teriam uma postura mais ofensiva. No Athletico, Dorival Júnior sacou Geuvânio para a entrada de Christian. O meia jogaria na mesma faixa de campo, com menos força para chegar à linha de fundo, mas com maior capacidade de chute de média distância – essa era a teoria. Só que os tricolores empurraram o Furacão para o campo de defesa, e não havia reação rubro-negra.

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Ficou um jogo bem perigoso. Como Pedrinho e Christian voltavam muito, Bissoli ficou isolado, sem companhia na frente. E aí a bola batia no ataque atleticano e voltava para o domínio do São Paulo. Mais à direita, Daniel Alves estava no setor onde era um dos melhores (senão o melhor) do mundo. E por ali deu uma chance para Pablo aplicar a lei do ex, mas Santos salvou o Athletico.

Só que quando a bola fica rondando muito a sua área, uma hora podia dar tudo errado. No primeiro toque de Vinícius Mingotti, Luciano ficou livre para abrir o placar para o São Paulo. Junto com o atacante, entrou Lucho González, com o plano de ter mais a posse. Só que era preciso ter explosão, ter agressividade, que o Athletico até teve em alguns momentos do primeiro tempo, mas definitivamente não tinha no segundo.

Últimas cartadas

Aí Dorival Júnior precisou mudar de planos. Colocou Jajá e Fernando Canesin nos lugares de Pedrinho e Richard. Eram as últimas cartadas para conseguir pelo menos o empate. Mas o São Paulo seguia dominando, com o jogo passando muito por Daniel Alves e Hernanes. O segundo tempo rubro-negro era muito fraco, sem ação, sem competitividade.

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Jajá até se movimentava, tentava, mostrava serviço. Mas ele era o único a tentar ameaçar os donos da casa. Pouco demais para um Athletico que tem opções para ser mais vertical, mas que não conseguiu fazer isso a valer nas últimas quatro partidas. As atuações ruins precisam representar algum sinal de alerta no Furacão.

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