Foi uma notícia daquelas que surpreendem todo mundo. O Athletico foi suspenso pela Fifa e não poderá registrar jogadores nas próximas duas janelas de transferência. Na mesma decisão, o atacante Rony, ex-Furacão e agora no Palmeiras, pegou quatro meses de gancho. A informação, passada em primeira mão pelos colegas Nadja Mauad e André Hernan, caiu como uma bomba. Mas, é bom que se registre, ainda cabe recurso.
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Tudo por conta do processo do Albirex Niigata, ainda na vinda de Rony para o Athletico. Vocês lembram que ele precisou esperar uns meses pra estrear em 2018. Já era por causa da pendenga, que envolvia também o Cruzeiro e agora envolve o Palmeiras porque o atacante foi pra lá. Outra lembrança: o Botafogo quase o contratou antes do Furacão, mas desistiu por receio de um imbróglio com a Fifa.
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Isso porque Rony entrou na entidade pedindo a anulação do contrato com o clube japonês. O pedido foi aceito provisoriamente, permitindo que o atacante seguisse a carreira, aí não no Rio, mas em Curitiba. Por aqui, o camisa 7 deu show, foi decisivo nas conquistas da Copa Sul-Americana e Copa do Brasil, e acabou se transferindo do Athletico para o Palmeiras por uma boa grana.
Enquanto isso…
Os japoneses se prepararam para o julgamento. Constituíram um advogado brasileiro – que, óbvio, sabe como são as coisas no nosso futebol – e foram para a briga. O Athletico também se armou, contratando o escritório de Marcos Motta, o mais badalado do País em direito esportivo. E havia confiança que nada aconteceria, a ponto de tanto Furacão quanto Palmeiras fecharem negócio.
Mas aí veio a Fifa com a decisão desta terça-feira (13). Rony suspenso, Athletico sem poder contratar por duas janelas (um ano, pra ser mais simples), uma multa de 1,2 milhão de dólares. Como disse acima, cabe recurso à Corte Arbitral do Esporte, mas enquanto o julgamento final não acontecer e não houver efeito suspensivo, o Furacão está impedido de registrar novos jogadores em negociações nacionais e internacionais.
O que pode explicar a pressa rubro-negra na parada da pandemia do novo coronavírus. Normalmente econômico em contratações, o Athletico foi o clube que mais fez negócios nos últimos meses – tanto trazendo quanto vendendo. Tudo isso porque talvez já estivesse se preparando para o pior.
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