O que esperar dos jogos do Brasileirão neste final de semana? As marcas de outubro ainda estão cravadas nos nossos times – no mês passado, Athletico, Coritiba e Paraná Clube jogaram 22 partidas e ganharam só três vezes (Palmeiras 1×3 Coritiba, Paraná 4×0 Oeste e Coritiba 1×0 Atlético-GO). Um aproveitamento que gerou trocas de treinador, crises internas e afastamento dos objetivos. Para a dupla Atletiba, nesse momento só interessa fugir da zona de rebaixamento. No Tricolor, o plano é voltar a estar no G4.
Paraná Clube em campo
Quem dá o primeiro passo no final de semana é o Tricolor, que enfrenta o Confiança às 21h30 desta sexta-feira (6) pela primeira rodada do returno da Série B do Campeonato Brasileiro. É a reestreia de Rogério Micale no clube. A volta dele foi conduzida em parte pelo racional e em parte pelo emocional. O lado racional vem da avaliação positiva de seu trabalho em 2018, mesmo sem muitos resultados. O emocional veio da pressão da torcida sobre Allan Aal.
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É preciso sempre lembrar que Micale não terá jogadores diferentes a partir de agora, o elenco não será mudado. Há condições sim de melhorar a equipe, há possibilidades que não foram exploradas pelo ex-treinador. E, principalmente, o Paraná já jogou melhor durante a Segundona, então é possível imaginar que há margem para fazer o time jogar mais. Só não se exija milagre do novo técnico, ainda mais quando alguns titulares não puderem jogar.
Athletico em xeque no Brasileirão
Passada a Copa do Brasil, o Athletico tem três partidas decisivas no Campeonato Brasileiro. A primeira é neste sábado (7) contra o Fortaleza, às 18h, na Arena da Baixada. E neste caso não há nenhuma margem para deslize. Tudo que o Furacão podia errar no Brasileirão já se fez errado. Agora, é preciso melhorar, jogar mais, fazer melhores escolhas dentro e fora do campo. E tudo isso passa por Paulo Autuori, que chegou como uma espécie de ‘salvador da pátria’.
Talvez só ele pudesse fazer as mexidas na estrutura do futebol atleticano que estão sendo feitas. Mas, ao mesmo tempo, ele precisa arrumar o time, que tem sérias deficiências táticas, principalmente no sistema de marcação. Sim, o Furacão marca poucos gols, mas é muito vulnerável na defesa, seja com quem estiver jogando. Autuori precisa colocar os jogadores onde rendem melhor (exemplo: Erick) e precisa dar confiança ao time. Se não, o que já é complicado fica ainda mais difícil.
Coritiba recomeçando. De novo
O terceiro técnico do Coritiba na temporada estreia neste domingo (8), às 16h, contra o Internacional, no Beira-Rio – o jogo terá transmissão da RPC. Rodrigo Santana chegou sob pressões de todos os lados, a maior delas (é claro) na tabela de classificação do Brasileirão. O Coxa já percebeu que ter vitórias esporádicas podem até tirar o time da ZR momentaneamente, mas é preciso ter sequência para sair de vez e abrir uma distância segura das últimas colocações.
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Com a herança de dois trabalhos incompletos em todos os sentidos, Santana tem que captar as lições dos erros de Eduardo Barroca e Jorginho. Em nenhum momento do campeonato o Coritiba foi um time equilibrado. Falta eficiência no ataque e na defesa. Diante do líder do Brasileirão, é preciso jogar com inteligência. Defender bem, mas ter força para também ameaçar o Inter. Mesmo conseguindo ser um time seguro, é uma partida duríssima para o Coxa.