Pelé 80 anos: as curiosidades dos jogos do Rei contra o futebol paranaense

Pelé 80 anos
A bola está no alto, Pelé fugiu da marcação e vai marcar o gol sobre o Athletico, em novembro de 1973. Foto: Reprodução/Biblioteca Nacional

Pelé completa 80 anos nesta sexta-feira (23). Confesso que gostaria de começar esse texto de uma forma mais bonita, à altura do maior atleta que o mundo conheceu. Mas, sem saber como, preferi usar a mais simples. O Rei do Futebol não é apenas um craque de exceção, mas também é uma referência de Brasil para o exterior e uma marca da cultura do nosso País. A paixão pelo futebol não começou com ele, mas Pelé fez o esporte estar definitivamente na essência do brasileiro.

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Para homenagear o Rei, preferi retomar, depois de longo tempo, o espaço dedicado à memória aqui no blog. Recordando os 11 gols que ele marcou em clubes paranaenses, encontrei curiosidades envolvendo Pelé e outras histórias surpreendentes. Vamos pegar o DeLorean e viajar no tempo!

Os gols ‘secretos’

Os primeiros gols de Pelé em clubes paranaenses aconteceram em 19 de maio de 1957, em um amistoso contra o Londrina vencido pelo Santos por 7×1. O Tubarão era ainda um recém-nascido, e enfrentou o time que se formava para ser um esquadrão imortal. O Rei entrou no segundo tempo e guardou dois. Mas a história desta partida é quase ‘secreta’. Os relatos são escassos, a memória vai passando e os que viram o jogo já não são tantos.

Pelé e os textos repetidos

O Rei do Futebol marcou pela primeira vez em Curitiba em 21 de dezembro de 1958. Já era campeão do mundo e consagrado, apesar de ainda estar com 18 anos. E era, claro, a grande atração do amistoso com o Coritiba. O jogo terminou 1×1, motivo de comemoração para os alviverdes, mas Pelé conferiu o seu. Um fato inusitado aconteceu na imprensa. Os jornais Paraná Esportivo e Diário da Tarde publicaram a mesma matéria! E eram de donos diferentes, registre-se.

À direita, o Paraná Esportivo. À esquerda, o Diário da Tarde. Nos destaques, as avaliações de Pelé e do zagueiro coxa Carazzai. Foto: Reprodução/Biblioteca Nacional

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O maior massacre

Já escrevi aqui sobre a goleada impiedosa que do Santos de Pelé sobre o Grêmio Maringá, então o bicampeão paranaense. Foi em 16 de maio de 1965, no estádio Willie Davids lotado. Todo mundo queria ver o Rei jogar, e até admitia a derrota, mas não o 11×1 aplicado pelo Peixe.

Em São Paulo

Apenas um gol de Pelé sobre os times paranaenses foi marcado fora do estado. Foi em 3 de maio de 1967, pelo torneio Roberto Gomes Pedrosa, o embrião do Campeonato Brasileiro. A vitória por 3×0 sobre o Ferroviário foi no Pacaembu, em São Paulo, e debaixo de forte chuva, que atrasou a partida em 15 minutos.

A matéria de O Estado de S. Paulo está à direita, mas a foto do jogo está acima do relato do jogo do São Paulo. Foto: Reprodução/Biblioteca Nacional

Pelé perto do gol 1000

Em 22 de outubro de 1969, Pelé marcou dois na vitória do Santos sobre o Coritiba por 3×1, também pelo Robertão. As contas são confusas – há quem diga que o Rei chegara ao gol 998, o Diário da Tarde dizia que era o gol 995 e O Estado de S. Paulo cravou que eram 996. De qualquer forma, foi um desfile do maior jogador do mundo no então estádio Belfort Duarte. Fora de campo, uma crise: Evangelino Neves acusava o Peixe de aliciar o goleiro Joel Mendes, e garantiu que ele não seria negociado. Mas…

O registro de O Estado de S. Paulo. Foto: Reprodução/Biblioteca Nacional

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…Negociou!

No dia 10 de janeiro de 1970, o Santos voltava a Curitiba com Pelé em campo e Joel Mendes no gol – o amistoso com o Coritiba estava no acordo de transferência. O Rei tinha acabado de passar no vestibular para Educação Física, foi badalado como sempre e marcou um dos gols da vitória sobre o Coxa.

Belíssimo registro do Diário do Paraná. Foto: Reprodução/Biblioteca Nacional

Atletiba no meio

Os dois últimos gols de Pelé sobre times do Paraná foram marcados com uma semana de diferença. Em 11 de novembro de 1973, ele foi muito bem marcado por Gibi, mas o Rei precisou de um lance para marcar o gol da vitória do Santos – o gol retratado na foto lá de cima. No dia 18, ele voltou a Curitiba para comandar o triunfo do Peixe sobre o Coritiba por 3×1. Zé Roberto fez o gol de honra alviverde. E entre essas duas partidas, houve um Atletiba, que foi vencido pelo Coxa por 2×1. A chamada semana de gala.

Na foto do Diário do Paraná, da esquerda pra direita: Cláudio Adão, Dreyer, Hidalgo, Pelé e Nilo. Foto: Reprodução/Biblioteca Nacional

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Bônus: quando ganhamos de Pelé

Pelé disputou outras sete partidas contra nossos times sem marcar – seis pelo Santos e uma pela seleção brasileira, que enfrentou o Coritiba (com a camisa da Federação Paranaense) em 1968. Foram apenas duas vitórias, uma do Coxa e outra do Athletico. O triunfo alviverde em 1971 foi bastante destacado pela matéria do Kiko Menezes no Globo Esporte desta quinta-feira (22). E abaixo você vê como o Diário do Paraná retratou a vitória do Furacão em 1973 – com direito a parte da coluna do Carneiro Neto.

Foto: Reprodução/Biblioteca Nacional
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