Não foi em Paraná x Sampaio Corrêa que acabou o jejum do Tricolor. Com os mesmos problemas ofensivos das últimas rodadas, o resultado do jogo da noite deste domingo (18) na Vila Capanema foi mesmo o 0x0. E outro empate faz que com o Paraná Clube já tenha duas rodadas de distância para o G4 da Série B do Campeonato Brasileiro. Apesar de estar em sexto lugar, a três pontos da Ponte Preta, as seis vitórias contra oito da Macaca impedem um retorno imediato ao grupo de primeiros colocados.
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São agora seis partidas sem vencer. E a situação na Segundona só não se complicou por conta daquela irregularidade que vem marcando a temporada 2020 do futebol brasileiro. A sensação é que a falta de resultados vem minando a confiança do Paraná Clube, que não consegue sequer repetir a eficiência tática das primeiras rodadas da competição.
Tricolor diferente
Como escrevi na sexta-feira (16), esperava o Paraná Clube diferente, com alguma nova ideia de Allan Aal. E ele abdicou do ‘ponta tático’ – lembrem que na derrota para o CSA o Tricolor começou com Gabriel Pires e Marcelo, que tinham mais funções defensivas do que ofensivas. Desta vez, Andrey e Bruno Xavier estavam nas extremas, dando mais opções para Renan Bressan na organização de jogo.
Além disso, o Paraná tinha os retornos de Fabrício e de Paulo Henrique. Os dois davam mais consistência ao sistema defensivo, além de PH ser uma opção importante no apoio. Olhando no papel, o Tricolor estava mais encorpado para enfrentar um Sampaio cheio de motivação após saltar da vice-lanterna para o meio da tabela.
Paraná x Sampaio Corrêa: o jogo
E na base da empolgação os maranhenses começaram a partida marcando muito, adiantando o time e tentando impor dificuldades à saída de jogo tricolor. A má notícia veio logo com sete minutos, porque Fabrício, que vinha de lesão, se machucou de novo. Hurtado voltou ao time e o capitão saía desolado. E a saída dele deu uma desarrumada na defesa paranista, que viu Marcos se desdobrar para defender e depois Joécio acertar a trave.
O Paraná novamente sofria para atacar. Renan Bressan era pressionado – é possível dizer que era perseguido – e Jhony e Higor Meritão não conseguiam ajudar no meio-campo. Era tão importante a presença dos volantes que o Tricolor só conseguiu levar perigo quando Jhony se deslocou e abriu o jogo para Andrey. Já que o camisa 10 não tinha espaço, os outros jogadores precisavam ajudar.
Apenas no final do primeiro tempo os donos da casa se posicionaram dentro do campo de ataque. Mas tirando uma cabeçada de Salazar, que também não foi aquilo tudo, não houve uma chegada efetiva ao gol adversário. Por isso Paraná x Sampaio Corrêa terminou 0x0 – e do jeito que as coisas andaram, foi até melhor.
Etapa final
O Paraná Clube voltou com ainda mais dificuldades para apoiar. O Sampaio dominava, empurrava o Tricolor para a defesa e ameaçava Marcos. Todo o sistema ofensivo não funcionava, os jogadores não se entendiam, quem recebia tentava resolver sozinho – em especial Andrey. A única chance real foi num chute de longa distância de Jean Victor.
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O lance acordou os donos da casa. Afinal, o time maranhense tinha um jogo confortável, sem ser ameaçado. E isso porque era mais organizado, os jogadores sabendo o papel que precisavam fazer em campo. O Paraná dependia do talento de Bressan e de alguma falha técnica dos defensores do Sampaio Corrêa. Allan Aal trocou os Brunos Gomes e Xavier por Léo Castro e Guilherme Biteco.
A tentativa do treinador teve um efeito imediato, mas depois o Tricolor voltou a ser inferior ao Sampaio. Nos minutos finais, os paranistas tentaram o abafa, mas faltou qualidade para mandar para o gol e conseguir a vitória. Pelo que aconteceu no todo do jogo, o empate foi justo. E o Tricolor segue em busca de soluções.
