Paraná x Náutico: pressão tardia, alterações tardias e empate na Vila

Paraná x Náutico
Bruno Xavier, um dos estreantes da noite, perdeu a melhor oportunidade de Paraná x Náutico. Foto: Albari Rosa/Foto Digital

Paraná x Náutico teve quase três horas de duração. Por conta da falta de iluminação na Vila Capanema, o jogo ficou um tempão parado. Mas nem antes e nem depois do apagão o Tricolor conseguiu sair do empate. A partida desta terça-feira (6) ficou mesmo no 0x0 e aumenta a sequência sem vitórias do Paraná Clube. Os reforços, que inclusive estrearam, dão um alento, mas a reação precisa ser rápida.

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A falta de opções no elenco do Tricolor vai se transformando em um grande empecilho. Dos quatro zagueiros do elenco, três estão lesionados, o titular da lateral-direita está suspenso e alguns jogadores importantes estão claramente desgastados. A gestão do grupo paranista será um fator decisivo nesta continuação de Série B do Campeonato Brasileiro.

Tricolor diferente

Allan Aal havia falado em “rodar” o elenco – na verdade, um eufemismo para dar um descanso a alguns titulares nitidamente desgastados. E Higor Meritão e Andrey foram para o banco, talvez para serem utilizados no segundo tempo. Isto porque o Paraná Clube perdia sem eles em campo, porque Karl e Marcelo estão abaixo tecnicamente. Mas é uma necessidade desta sequência insana de partidas. E por isso tanto se falou sobre o fortalecimento do grupo.

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Na posição de centroavante, Léo Castro aparecia mais pelas últimas partidas ruins de Bruno Gomes do que realmente por uma questão física. Mas era o terceiro titular no banco. E se somássemos Vitinho e Bruno Xavier, que enfim apareciam entre os reservas, já estavam aí abertas as possíveis cinco alterações do Tricolor, apesar de Allan Aal não ser muito adepto de usar todas as trocas permitidas.

Paraná x Náutico: o jogo

Os dois times iniciaram a partida pressionando a saída de bola. Como Hurtado e Roberto tiveram dificuldades na derrota para o Botafogo-SP, Gilson Kleina mandou o Náutico marcar os zagueiros paranistas. E isso fez os pernambucanos tomarem o controle do jogo e ameaçarem Alisson com dois chutes em menos de sete minutos. O caminho era pelas laterais, porque Paulo Henrique e Jean Victor tinham espaço para subir.

Diante da marcação de Dudu, Jhony tenta a jogada. Foto: Albari Rosa/Foto Digital

O Náutico não conseguiu manter o ritmo intenso por muito tempo. O jogo se equilibrou, mas o Paraná sofria com a instabilidade da marcação pelo meio. A situação se complicou quando Roberto se machucou e Luan teve que ser improvisado na zaga. Além disso, a falta de Higor Meritão minava a articulação tricolor. Aí não só Léo Castro ficava isolado, mas também Renan Bressan participava pouco da partida.

E assim os visitantes retomaram o domínio do duelo. O Tricolor teve duas grandes chances com Léo Castro (jogadas de Paulo Henrique e Jean Victor pelos lados), mas era pouco para quem precisava estancar uma sequência sem vitórias. Não fossem as duas defesas difíceis de Alisson e o Timbu terminaria o primeiro tempo na frente.

Segundo tempo

Faltava ao Paraná poder de fogo. Se os laterais vinham cumprindo o seu papel no ataque, os dois ponteiros estavam mal. Gabriel Pires e Marcelo não davam a profundidade que os donos da casa precisavam para vencer a marcação do Náutico. Pelo menos Gabriel começou a arriscar, e obrigou Jefferson a trabalhar. Já que estava difícil criar, que se tentassem os arremates de média distância.

O jogo parou por um tempão por falta de luz. Foto: Albari Rosa/Foto Digital

Aí os refletores da Vila Capanema falharam – segundo jogo seguido do Tricolor em que isso acontece. Confesso que deu tempo pra terminar de editar o De Letra sobre o Sicupira que entra no ar nesta quarta-feira (7). Por sinal, ouçam que tá muito legal! Depois de uma hora de interrupção, seria praticamente um novo Paraná x Náutico, mas com um terço do tempo. E a bola voltou a rolar quando se imaginava que a partida seria suspensa.

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O jogo corria e o treinador paranista não pensava em alterar o time. No mesmo ritmo de antes, tudo se encaminhava para um empate. Só aos 30 minutos que Andrey e Bruno Xavier entraram nos lugares de Gabriel Pires e Marcelo. O estreante perdeu a melhor chance da noite após a falha de Camutanga. E Vitinho só apareceu aos 38. Até o final, o Tricolor pressionou, mas não conseguiu a vitória. Ainda faltou o ‘algo mais’ que é fundamental na luta pelo acesso.

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