Não posso começar esse texto, mesmo sendo sobre o Paraná x Coritiba deste domingo (19), sem lembrar que pelo menos cinco clubes têm contaminados com covid-19: além da dupla Paratiba, Athletico, FC Cascavel e Operário. E quando a gente falou tanto da pressa em voltar com o Campeonato Paranaense, não era por ‘torcer contra’. É porque a gente teme por quem realmente faz o esporte, que não são os cartolas.

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A homenagem às vítimas da covid-19. Foto: Reprodução/DAZN

Bem, mas já se deu muito murro em ponta de faca, o assunto é Paraná x Coritiba. E a vitória alviverde por 1×0 na Vila Capanema coloca o Coxa com uma vantagem considerável nas quartas de final do Campeonato Paranaense. Após o Tricolor ter sido melhor no primeiro tempo, dois fatos mudaram o clássico: a lesão de Renan Bressan e a qualidade da dupla Rafinha e Robson.

Natural

Era de se esperar que o ritmo da partida fosse diminuindo, principalmente porque o Tricolor tentou imprimir uma pressão adiantada no início. Surtiu efeito, porque havia espaço no sistema defensivo alviverde. A ponto de, mesmo com menos posse de bola, foram os donos da casa que arremataram mais a gol na primeira etapa. Mas a natural falta de ritmo fez com que chance mesmo só tivesse uma, com Mosquito.

A questão é simples: mesmo com mais de um mês de preparação, não se coloca uma equipe em forma com treinos físicos em pequenos grupos. Movimentos táticos, os próprios fundamentos, jogo coletivo, tudo isso vai ser readquirido no passar dos confrontos. A volta do Paranaense pra Paraná e Coritiba também serve para isso – pegar ritmo pensando no Campeonato Brasileiro.

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E o primeiro tempo foi paranista. Com Carlos Dias, Raphael Alemão e Mosquito muito participativos, os donos da casa ocuparam melhor o gramado, impedindo que o Coxa impusesse o seu jogo. Aos visitantes, nada de muito diferente: Rafinha era o mais lúcido do time e Robson o que mais corria.

Paraná x Coritiba, parte 2

Renan Bressan foi a primeira vítima da volta do Paranaense – com dores na coxa, saiu ainda no primeiro tempo. E o impacto foi gigante. Foi como se boa parte da confiança do Paraná fosse para o banco de reservas com o camisa 10. Além de ser o centro técnico, ele também é a referência emocional tricolor. E a partir dali o Coritiba começou a controlar o jogo.

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Os visitantes já terminaram o primeiro tempo mais equilibrados. E quando veio a etapa final, o tom do jogo era definitivamente outro. Não à toa o gol saiu logo cedo, em jogada de (quem?) Rafinha que passou por Igor Jesus antes de ser completada por (quem?) Robson. A diferença técnica alviverde resolveu o clássico.

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E com o desgaste bem maior que o habitual – e totalmente justificável -, o Paraná buscou na vontade, mas as pernas pesadas (e a ausência de Renan Bressan) impediram o empate. Com um time mais experiente, o Coritiba soube administrar até o final do jogo, pra levar uma ótima vantagem para o Couto Pereira.


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