Do primeiro Confiança x Paraná Clube da história ficará o registro de que a vitória foi tricolor até o último lance. Mas os sergipanos lutaram, aproveitaram que tinham muito campo para atacar e conseguiram o empate em 2×2, nesta sexta-feira (7), em Aracaju, na abertura da Série B do Campeonato Brasileiro. E ficou igual o confronto de Allan Aal sobre Matheus Costa – o atual técnico paranista foi auxiliar de Matheus ano passado.
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O Tricolor teve um problema de última hora. E isso me deixou bem preocupado. Não somente pelo fato do lateral Paulo Henrique poder estar infectado pelo novo coronavírus, mas como o processo expôs as falhas do protocolo da CBF. Que é lindo no papel, só que falhou na primeira noite de execução. Afinal, o jogador paranista viajou de avião de Curitiba até Aracaju, ficou no hotel, teve contato com outros jogadores e apenas nesta sexta teve a confirmação do teste positivo. E ainda pode ser ‘falso positivo’. Mas veja o tamanho do risco escancarado no segundo jogo de Campeonato Brasileiro.
A tática de Confiança x Paraná
O Paraná começou a Série B sem surpresas. Só mesmo a má notícia de que Paulo Henrique está com covid-19 – que ele se recupere rápido. Com Toninho e Jean Victor nas laterais e Gabriel Pires voltando ao clube já como titular, Allan Aal mudava peças, mas não o desenho tático. O plano era manter as linhas de marcação bem definidas, exigir muita dedicação dos meias e sair em velocidade com Mosquito, Gabriel e Raphael Alemão.
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Do outro lado, alguém que sabia muito bem como o Tricolor jogaria. Não só Matheus Costa tem o histórico na Vila Capanema como foi ele quem montou essa estratégia que Allan adaptou. Apesar das críticas, foi com esse jogo mais cauteloso que o Paraná conseguiu ser competitivo na Série B do ano passado. O Confiança vinha credenciado por uma boa campanha na Copa do Nordeste, mas era uma incógnita para uma longa Segundona.
Como os dois times jogavam de forma bem parecida, era possível ter uma postura mais agressiva. Mas, tirando um momento em que pressionou e teve uma chance clara (além de duas cobranças de falta frontais), o Tricolor seguiu seu posicionamento reativo. Os sergipanos tinham mais posse de bola, mesmo que também não representasse risco em demasia para Alisson.
Mesmo cenário
O primeiro tempo de Confiança x Paraná reforçava a dificuldade ofensiva do Tricolor. A bola não ficava no ataque, e como Raphael Alemão voltava demais, a defesa dos donos da casa se adiantava, encurralando os paranistas. Faltava poder, faltava explosão. E Renan Bressan corria muito e não conseguia jogar. Assim passaram 45 minutos tecnicamente bem fracos.
Mas se alguém poderia resolver, era justamente o camisa 10 paranista. Um chute preciso de Renan Bressan, aos 46 da etapa inicial, não só abriu o placar como o colocou como o autor do primeiro gol da Série B. O meia é a grande esperança da torcida, e fez o primeiro tempo terminar com vantagem dos visitantes. Isso obrigaria o Confiança a partir para cima, cedendo mais espaços – e o Paraná tinha que aproveitar. E poderia ser com Wandson, que fez sua estreia entrando no lugar de Gabriel Pires.
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E chegou a dar certo. Numa saída em velocidade, Mosquito enfim acertou o gol e ampliou a vantagem tricolor. Mas era muito campo dado para os donos da casa. O Paraná estava inteiro atrás da intermediária. O empate saiu com Danilo Pires e depois foram vinte minutos de drama, com Alisson fazendo defesas importantes, inclusive um milagre no finalzinho. Só que a pressão surtiu efeito, Iago empatou e ‘criador’ e ‘criatura’ terminaram sem razões para festejar. Nessa maratona que é a Série B, o primeiro resultado foi amargo.
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