Paraná x Chapecoense: equilíbrio total e 1×1 no placar da Vila

Paraná x Chapecoense
Renan Bressan tentou surpreender João Ricardo nessa. Mas o camisa 10 não foi bem neste Paraná x Chapecoense. Foto: Albari Rosa/Foto Digital

Foi um jogo bem equilibrado esse Paraná x Chapecoense na Vila Capanema. No primeiro tempo, os visitantes controlaram as ações e mostraram qualidade. Na etapa final, foram os donos da casa que tiveram o domínio. Os gols foram estranhos. E o resultado acabou sendo o esperado – 1×1 entre Tricolor e Chape, mantendo o time de Allan Aal na vice-liderança da Série B do Campeonato Brasileiro.

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Para o Paraná Clube, o jogo valeu para a recuperação da moral do meia-atacante Gabriel Pires, autor do gol da equipe. Mas reforçou a dificuldade no comando do ataque, com Bruno Gomes e Léo Castro sucumbindo à marcação catarinense, além de Renan Bressan ter feito talvez seu jogo mais fraco com a camisa tricolor.

Paraná x Chapecoense: os times

Surgiu um problema de última hora no Tricolor: Fabrício sentiu o joelho e acabou ficando de fora do jogo. Hurtado faria uma dupla colombiana de zaga com Salazar. O capitão paranista pode não estar brilhando em campo, mas a liderança e o senso de posicionamento dele certamente ajudaram o gigante Salazar a se adaptar tão rapidamente – e se destacar, como por exemplo no empate com o Brasil de Pelotas.

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De resto, Allan Aal retomou o time que mais entrou em campo nesta Série B. Voltou a ter o meio-campo ideal, com Jhony e Higor Meritão, sacou Marcelo para colocar Gabriel Pires desde o começo. Foi assim que o time conseguiu os melhores resultados, inclusive dentro da Vila Capanema. Do lado da Chape, Umberto Louzer optava por dois jogadores de boa transição ofensiva (Aylon e Paulinho Moccelin), até para evitar que Paulo Henrique e Jean Victor tivessem campo para apoiar.

Bola rolando

Mas os visitantes também gostavam de ter a posse de bola, tal como o Tricolor. Por isso, Paraná x Chapecoense começou equilibrado. Os donos da casa tentavam pressionar a saída de bola catarinense para no mínimo quebrar a transição adversária. Como previsto, Paulinho fazia um papel semelhante ao que fez por tantos anos no Londrina, acompanhando Jean Victor por todo o campo. E Aylon e Anselmo Ramon começaram com vantagem diante da marcação paranista.

Salazar pulou e ficou com o dobro da altura de Anselmo Ramon. Foto: Albari Rosa/Foto Digital

O Tricolor sofria para construir. Bem montada defensivamente (Louzer pareceu ter aprendido), a Chape sufocava Renan Bressan e não deixava Higor e Jhony aparecerem mais à frente. Assim, não adiantava ter mais posse de bola, porque o jogo corria mais no campo dos donos da casa. A solução seria acionar mais Andrey e principalmente Gabriel Pires, o menos pressionado dos jogadores de frente.

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Além das dificuldades naturais do confronto, o Paraná também errava muitos passes. Assim, o jogo ficava todo quebrado, sem ritmo. E também sem emoção. Allan reclamava das falhas técnicas do time, enquanto a Chape controlava a partida sem também ser muito agressiva. Com mais capricho, o Tricolor conseguiu melhorar nos últimos minutos do primeiro tempo, tendo uma boa chance com Andrey, mas ainda abaixo do que poderia produzir.

Etapa final

Já sem Salazar, que saiu lesionado no intervalo (Roberto fez sua estreia), o Paraná Clube seguiu com dificuldades. Inclusive com Alisson tendo que fazer uma ótima defesa no chute de média distância de Paulinho. Mas a movimentação ofensiva melhorava, com Andrey entrando pra valer no jogo. O atacante tentou cavar um pênalti, que não foi, mas depois recebeu uma pancada de Ezequiel, que deveria ter sido expulso.

Gabriel comemora seu gol. Foto: Albari Rosa/Foto Digital

E em um jogo complicado como este, o gol seria chorado. Gabriel Pires, que é contestado muitas vezes pelo sua postura tática, foi o autor. Desde o primeiro tempo ele era o jogador mais solto do Tricolor. E por isso teve espaço para preparar para abrir para o chute de perna esquerda que desviou e enganou João Ricardo. Mas nem houve muito tempo para comemorar, porque Bruno Silva cruzou, ninguém cortou e Alisson pulou atrasado.

Desse momento de agitação até o apito final, pouca coisa a mais aconteceu. O resultado não foi injusto pela produção dos times, mas são dois pontos perdidos dentro da Vila Capanema, que o Paraná terá que recuperar longe de casa.

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