Na Série B do Campeonato Brasileiro, o negócio é ganhar, e foi o que aconteceu neste Paraná x Avaí. Com as mesmas dificuldades ofensivas apresentadas desde o início do ano, o Tricolor sofreu, mas venceu por 1×0 na noite desta terça-feira (11), na Vila Capanema. E o gol não teve a participação de nenhum jogador paranista.
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Os quatro pontos conseguidos em duas rodadas permitem dizer que o Paraná Clube tem um bom início nesta Segundona. E a vitória desta terça é importantíssima, porque é contra um adversário de boa qualidade e que vai brigar na parte de cima da tabela.
As mudanças de Allan
Quando foi divulgada a escalação do Paraná Clube, confesso que fiquei sem entender a saída de Carlos Dias. O jogador mais regular do time na temporada – afinal, ele jogou desde o começo do ano – tinha ido para o banco por conta da estreia de Higor Meritão. Até entendo que os dois têm algumas características semelhantes, mas em um jogo em casa seria possível começar com ambos.
Mas Jhony seguiu no time, assim como Gabriel Pires e Raphael Alemão. Tirando Higor e a volta de Paulo Henrique, era o mesmo time que empatara com o Confiança. E a sensação antes da bola rolar era que o Paraná dependeria mais uma vez da qualidade de Renan Bressan. Algo que até o perfil tricolor no Twitter confessou.
Paraná x Avaí: o jogo
Mas o Paraná Clube não partiu para o ataque no início da partida. Não houve mudança de postura tática, o Avaí ficava com a bola, jogando no campo tricolor. Com três zagueiros, Geninho tentava evitar que Ralf, que tá com uma barriguinha respeitável, deixasse a defesa desguarnecida. Com isso, Arnaldo e Capa também iam lá na frente – o treinador campeão da Copa João Havelange com o Paraná admitiu que queria ‘esticar’ o campo, sair da marcação de meio-campo dos donos da casa.
Um caminho possível era fazer com que Gabriel Pires e Gustavo Mosquito avançassem para marcar a saída de bola e acabar com a vida boa dos zagueiros avaianos, mas o Tricolor manteve suas linhas de marcação – com a sutil diferença de Bressan mais à frente, ao lado de Raphael Alemão. Mas o domínio era dos visitantes, com Alisson fazendo duas boas intervenções no primeiro tempo. O posicionamento dos laterais catarinenses confundia a defesa paranista, e Valdívia trafegava livre entre as linhas.
E do meio para frente, um deserto criativo. Bressan estava cercado por marcadores, e os três atacantes mais marcavam do que atacavam. O Paraná dependia de uma bola, um encaixe de contra-ataque para chegar perto do gol de Lucas Frigeri. Mas era pouco, era preciso ter mais agressividade para chegar na frente.
Volta do intervalo
O Tricolor iniciou o segundo tempo pressionando mais o Avaí. Higor Meritão se aproximou de Bressan e os extremas atuavam mais adiantados. Já servia para acabar com o sossego dos catarinenses. Além disso, passou a arriscar mais de média distância – e isso deveria ser uma iniciativa em qualquer jogo, chuta-se pouco de longe. Foi assim que Jhony acertou o travessão.
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E como o time melhorou, Allan resolveu não mexer até os 37 minutos. A aposta, mesmo que para pouco tempo, foi em Bruno Gomes e Andrey. Eles podiam dar ‘voltas de classificação’, jogando em altíssima rotação. Mas a vitória veio em um lance daqueles que acontecem no vídeo game – pelo menos com jogadores ruins como eu. Thales comemorou, mas o gol foi contra, de Victor Salinas, que levou uma bolada de Betão. Foi bizarro? Foi. Mas o Paraná ganhou, e nesta Série B é preciso vencer.
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