O Paraná Clube encontrou um ídolo. Renan Bressan deixou ensandecido o já animado estagiário do Twitter, fez outra boa partida e ainda fez mais um golaço. Só que o Londrina não deixou o camisa 10 comemorar, foi buscar o empate e o jogo terminou 2×2 na noite deste domingo (1), na Vila Capanema. E o resultado tirou o Tricolor do G8 do Campeonato Paranaense.
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Renan Bressan mostrou, desde o jogo contra o Operário, uma característica difícil de encontrar no futebol brasileiro: a coragem de chutar. Ele não tem medo de arriscar, foi assim que marcou diante do Fantasma e da mesma forma contra o Londrina. Compare os gols: ele mantém o passo e consegue, mesmo em movimento, o posicionamento ideal para o arremate. Chuta de primeira, diminui o tempo de reação do goleiro. E com força e direção.
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Fundamentos que, sabemos todos, ele aperfeiçoou fora do País. Por mais que jogasse em uma nação periférica do futebol europeu (a Bielorrúsia), lá se trabalha mais finalização do que aqui – relaxamos porque achamos contar com o ‘talento natural’. Eles não têm isso, e por isso treinam. Ainda mais em um país da antiga União Soviética, onde havia método para tudo. Renan Bressan soube assimilar e voltou fazendo a diferença para o Tricolor. Três gols em três jogos complicados.
Tudo ia bem, mas…
Com a vantagem obtida cedo, o Paraná Clube passou a jogar da forma que se acostumou – retraído, aproximando as linhas e dificultando a vida adversária. O Londrina, que se ressentia da falta de poderio ofensivo, não conseguia furar o bloqueio paranista e assim o jogo andou lentamente até o intervalo.
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Nada mudou na volta do intervalo. O Tricolor ficava apenas esperando a hora certa de contra-atacar. Mais atrás, Renan Bressan e Michel tentavam acelerar o jogo para Thiago Alves, Marcelo e Raphael Alemão. Não criava muitas chances, mas levava o jogo em banho-maria, pois o Londrina não fazia nada.
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Alemão tentou dar uma agitada no Tubarão tirando Matheus Olavo e Igor Paixão para colocar dois homens mais adiantados, Danilo e Ruster. E deu certo logo de prima, no belo gol de Ruster, que comemorou com uma inusitada voadora no alambrado – essa eu nunca tinha visto. O jogo deu uma pirada de dez minutos, com Fabrício marcando de falta e logo depois Danilo igualando de novo em um lance todo confuso.
Na hora em que o Paraná buscava retomar o controle do jogo, Thiago Alves bobeou e foi expulso. Foi uma ducha de água gelada na tentativa de pressão tricolor. Nem mesmo Renan Bressan, herói da classificação na Copa do Brasil e melhor em campo neste domingo, conseguiu fazer o Tricolor vencer. O que virou obrigação nas duas últimas rodadas do Paranaense, pois é obrigação paranista ir para o mata-mata.
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