Vivemos tempos estranhos. Há pessoas – menos que pensamos, mas mais do que deveria – que preferem acreditar em estrambólicas teorias da conspiração do que na realidade dos fatos. Em meio à pandemia do coronavírus, temos quem ache que nem deveríamos nos preocupar tanto.
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Mas os sinais estão aí, as autoridades da saúde pública estão alarmadas, uma série de recomendações estão aí para serem seguidas agora para não corrermos o risco de uma paralisação completa das atividades no Brasil.
Responsabilidade
O futebol é parte integrante da identidade nacional. E em diversos momentos é o que mais une os brasileiros. Quem vive do futebol tem que ter em mente que é exemplo, que seu posicionamento faz diferença pra muita gente.
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Mas quem menos tem essa consciência são os que mandam. Os dirigentes do futebol brasileiro são aqueles que pensam só no que lhe interessa. Ameaça de contágio com o novo coronavírus? Risco de aglomerações? Jogadores em situações perigosas? Nada importa. Valem mesmo o que de conversa nos bastidores, as mumunhas que vão atrasando o esporte.
Complexo
Aqui no futebol paranaense, então, vivemos uma espécie de atraso eterno. Somos sempre os últimos a tomar decisões, a admitir o óbvio, a fazer o certo. Quem manda no nosso futebol às vezes parece ter receio de decidir. Há momentos em que é preciso exercer a liderança, ser afirmativo.
Esse é um dos momentos. O Campeonato Paranaense já deveria ter sido suspenso na semana passada. Mas sempre havia uma razão para deixar a decisão pra depois. Primeiro porque era sábado, depois porque era domingo, depois porque a FPF só funciona de tarde e depois porque o presidente foi para o Rio. E aí, só depois de muita pressão, a decisão saiu nesta segunda (16). Pode isso, Arnaldo?
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Estar em um posto de comando exige voz ativa. Dar poder a todos e democratizar decisões é louvável, mas tem horas em que é preciso dar uma porrada na mesa. O futebol tem que dar o exemplo, ajudar na conscientização sobre o novo coronavírus. E o futebol paranaense tem que acabar com esse atraso eterno.
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