Era possível pensar que sem jogos o futebol paranaense entraria em um marasmo. Mas cada dia surge um fato novo, o que era certeza vira dúvida, de onde menos se espera sai alguma coisa e todo mundo tem o direito de ficar confuso. E aí ficam perguntas pelo caminho, algumas ainda sem resposta.
Por isso, decidi fazer uma lista de questões que movimentam o futebol paranaense e brasileiro nestes últimos dias. Bastidores, negociações, o futuro dos times, o que poderá acontecer a partir de agora.
Futebol paranaense e coronavírus
- Como vai ficar o futebol paranaense com o alerta laranja de Curitiba?
O Athletico conseguiu uma autorização especial pra continuar treinando. A confirmação veio na noite desta segunda-feira (15), após conversas de bastidores com a prefeitura. A mesma ação é feita nos gabinetes de Colombo, Quatro Barras, Ponta Grossa, Cianorte e Cascavel, para que não haja medidas semelhantes que atinjam Coritiba, Paraná Clube, Operário, Cascavel e Cianorte. Por ora, os cinco mantêm a agenda de treinamentos.
- Afinal, vai ter ou não Campeonato Paranaense?
Neste momento, sim. Vai ter Campeonato Paranaense, mas não vai ser do jeito que a Federação imaginava. Jogar ainda em junho tá fora de cogitação. É mais plausível imaginar a volta do futebol paranaense na segunda metade de julho. Convencer as autoridades de saúde para jogar antes é quase impossível, devido ao aumento de casos do novo coronavírus.
- E se as coisas piorarem?
Se a pandemia entrar no nível descontrole aqui no Paraná, é claro que existe um risco de não termos a reta final do Paranaense. Um lockdown, parando tudo, inviabilizaria o campeonato, até porque os clubes do interior não têm condição de ficar num começa-e-para infinito.
Calendário nacional
- E o Brasileirão?
O plano da CBF é começar o Campeonato Brasileiro na segunda metade de agosto. É uma projeção para dar segurança pros desfechos dos estaduais. Com os principais torneios precisando de seis datas em média, seria possível até mesmo recomeçar com os jogos no início de agosto.
- Vai ter rodada no final do ano?
Podem ter certeza. Pra encaixar o calendário do futebol brasileiro, não tem como jogar normalmente só até o início de dezembro. Fazendo uma conta básica, seriam quase três meses de atraso no Brasileirão – do início previsto em maio ao planejado em agosto. Encavalando as rodadas, é possível fechar o campeonato no final de janeiro de 2021. Por isso, podem se programar pra uma rodada na quarta-feira, 30 de dezembro.
- E como ficam Libertadores e Copa do Brasil?
Os dois campeonatos correm risco sim de não terminarem. Realizar a Libertadores, com a exigência de viagens internacionais, é algo bastante incerto, pois cada país vive uma realidade distinta na luta contra o coronavírus – nós brasileiros sabemos bem disso. E a Copa do Brasil pode ser ‘sacrificada’ pra que o Brasileirão role com as 38 rodadas.
E os reforços?
- Qual é a do Geuvânio no Athletico?
É o típico negócio de oportunidade que marca o Furacão. Sem espaço no Atlético-MG, o atacante foi pedido por Dorival Júnior à diretoria, e a negociação foi simples. Apesar de ele ter feito gols no Santos, não se espere um artilheiro, e sim um jogador de lado de campo, que a comissão técnica rubro-negra pedia desde a saída de Rony. Vai ter que ter mais constância do que teve nas passagens por Flamengo e Galo. Qualidade pra isso ele tem.
- Qual é a do Pedro Henrique no Coritiba?
É também um jogador de lado, não é um centroavante. Teve algumas passagens interessantes na Europa, e deseja voltar para o Brasil depois de nove temporadas fora do País. Sem custo de negociação, seria uma boa oportunidade para o Coxa. E como o homem-forte alviverde Rodrigo Pastana diz que o mercado está fechado, pode ser que ele seja contratado.
- Afinal, esses colombianos vão ser úteis ao Paraná Clube?
Já escrevi que Salazar é uma aposta interessante do Tricolor. Zagueiro alto, muito bom na bola parada, precisa de um ajuste fino na parte técnica, mas pode ser útil sim. Já Hurtado não me impressionou no PSTC – que, é bom lembrar, foi rebaixado no Paranaense. Mas é aquela coisa: sem possibilidade de voos mais altos, o Paraná busca soluções baratas, como os dois colombianos.
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