Parabéns! Os boleiros aniversariantes de 31 de janeiro

O clássico Football Card de Buião. Era uma promoção do chiclete Ping-Pong. Foto: Reprodução

Hoje, 31 de janeiro de 2020, muita gente conhecida no futebol faz aniversário. Léo Pereira, recém-transferido do Athletico pro Flamengo, é um deles. Renatinho, que brilhou no Paraná Clube, também. Assim como Eduardo Dallagnol, zagueiro do Toledo, e Müller, o atacante tetracampeão mundial. Em nome de todos eles, vou me ater mais a três nomes ligados ao nosso Trio de Ferro, e que conquistaram títulos no Furacão, no Coritiba e no Colorado.

Buião

Falamos bastante essa semana sobre veteranos no futebol paranaense, e Buião brilhou no Colorado até os 35 anos. João Bosco dos Santos, que completa 72 anos neste 31 de janeiro, teve uma longuíssima trajetória no esporte. Começou com 18 anos no time profissional do Atlético-MG, chegou à seleção brasileira e em 1968 foi negociado com o Corinthians por uma fortuna. De lá, foi para o Flamengo por empréstimo, e aí em 1972 chegou a Curitiba. Primeiro pra defender o Athletico, que na época fez uma espécie de vaquinha para a sua contratação.

Nota do Diário da Tarde em 1972. Foto: Reprodução/Biblioteca Nacional

Jogou ao lado de Sicupira e Nílson Borges, foi bem e acabou indo para o Grêmio. Buião até pediu para voltar, pois sua namorada (depois esposa) era atleticana, mas só retornou quando ganhou passe livre. Sua história no Colorado começa no final de 1976, quando deixou o Furacão. Interessava também ao Pinheiros, mas foi para o Boca Negra. Foi titular até 1981, participando de momentos importantes como os vice-campeonatos de 1976 e 1979, a histórica goleada sobre o Flamengo em 1981 e, claro, o título dividido com o Cascavel em 1980.

Buião nas páginas da Placar em 1981. Foto: Reprodução/Biblioteca Nacional

Aquela decisão está na memória por conta de tudo que aconteceu, e que um dia merecerá um post exclusivo. Buião não só era titular do Colorado como deu a assistência para o primeiro gol de Jorge Nobre na partida. Depois vieram confusões, o cai-cai do Cascavel, a suspensão da partida e a posterior divisão do título entre os dois clubes, a decisão mais controversa da história do futebol paranaense.

Na imagem de Ignácio Ferreira, o poster do Colorado em 1980. Em pé: Joel Mendes, Sidnei, Castor, Paranhos, Caxias e Alcir. Agachados: Buião, Jorge Nobre, Marçal, Marinho e Mug.

Sérgio Moura

Integrante de uma das maiores gerações da história do Athletico, Sérgio Luiz Ferreira de Moura completa 63 anos neste 31 de janeiro. Formado na base do Botafogo, o lateral-esquerdo começou a carreira por lá mesmo, passando por Campo Grande e Vitória-ES antes de chegar em 1981 para o… Coritiba. Ele jogou naquele ano o Campeonato Paranaense e a Taça de Prata, e quando a imprensa dizia que ele iria renovar, ele acabou se transferindo para o Athletico (essa imprensa…).

Sérgio Moura trocou o Coxa pelo Furacão, como relata o Diário da Tarde em 1982. Foto: Reprodução/Biblioteca Nacional

Em cinco temporadas, Sérgio Moura foi contemporâneo de Roberto Costa, Déti, Jorge Luís, Lino, Ivair, Nivaldo, Joel e, claro, Assis e Washington. Foi titular tanto no título paranaense de 1982 – contado no podcast De Letra dessa semana – quanto no bicampeonato do ano seguinte e também na conquista do Estadual em 1985, que marcou o último jogo no velho Joaquim Américo até a reforma de 1994 – aquela goleada sobre o Londrina com invasão de campo e tudo. Após encerrar a carreira, foi técnico da base rubro-negra, tendo subido uns certos Adriano Gabiru e Warley para o time principal.

A máquina que ganhou tudo em 1982 na foto de Sérgio Sade que foi pôster na Placar. Em pé: Miro, Roberto Costa, Mauro, Aírton, Jorge Luís e Sérgio Moura; Agachados: Capitão, Assis, Washington, Déti e Abel.

Wilson

É, Wilson Rodrigues de Moura Júnior (ele não é parente do ex-narrador da rádio Transamérica), o goleiro do Coritiba, nasceu em 31 de janeiro de 1984. Aos 36 anos, ele segue como um dos ídolos do Coxa, disputando a posição de titular com Alex Muralha. Formado na base do Flamengo, ele foi para o Figueirense em 2007.

Divulgação/Site Oficial do Figueirense
O goleiro do Coritiba ainda um novato no Figueirense. Foto: GloboEsporte.com

Vice-campeão da Copa do Brasil no Figueira, num time que tinha Ruy Cabeção, Chicão, Felipe Santana, Henrique, André Santos e Cleiton Xavier, Wilson seguiu no clube catarinense até 2013, quando foi para o Vitória. Dois anos mais tarde, chegou no Alto da Glória, e o resto da história vocês conhecem.

A matéria da contratação de Wilson na Tribuna.

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