Faltando menos de meia hora para Athletico x Flamengo, Mário Celso Petraglia usou o Facebook para fazer um anúncio – não apenas sobre ele, mas sobre o clube. Informou que estava se licenciando da presidência do Furacão para assumir o cargo de CEO – o executivo-chefe, “o cargo que está no topo da hierarquia operacional de uma empresa”, como diz a titia Wikipédia. E o que isso muda na vida rubro-negra?
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Nada. Afinal, quem é que manda no Athletico nos últimos 25 anos (tirando o hiato da gestão Marcos Malucelli)? Não é Mário Celso Petraglia? Ele aos poucos não foi afastando do clube todos que discordavam dele? Então nada muda, a rigor. Claro que há a diferença de que este é um cargo remunerado, mas ninguém aqui acha que é um salário que fará diferença para o cartola.
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Petraglia exercerá o mesmo poder que detém por todo esse tempo – um poder absoluto. Como presidente afastado e CEO, afirma que não conseguiu formar novas lideranças, mas nunca teve interesse real que isso acontecesse. Quando Marcus Coelho o confronto para contratar Souza em 2001, guardou a vingança para o momento certo. Com Malucelli, todo mundo lembra o que aconteceu. Portanto, nada muda no Athletico.
O sucessor de Mário Celso Petraglia
A nossa Nadja Mauad informou durante a transmissão do jogo do Furacão na Copa do Brasil que o novo presidente será referendado pela Assembleia Geral dos sócios. Mas ele será Fernando César Corrales, atual primeiro vice. Como todos sabem, não haverá nenhuma solução de continuidade – Corrales é homem de confiança de Petraglia e não fará nada que não for definido pelo agora CEO.
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O passo, segundo o chefão do Athletico, é importante para a consolidação do projeto do clube-empresa. Que, claro, será comandado por ele. Fico curioso apenas com a parte institucional – será que Corrales irá a eventos políticos, ou o CEO será também o representante nos momentos em que normalmente um presidente precisa aparecer? Acima de tudo, o mais relevante foi ver Petraglia assumindo os erros de 2020. O Furacão tem totais condições de se recuperar no Brasileirão – e essa admissão de culpa ajuda bastante.