Depois de quatro vitórias seguidas, quatro jogos sem vencer, somando esse Internacional x Athletico. O Furacão perdeu por 2×1 na noite deste domingo (11), no Beira-Rio, em Porto Alegre, e está fora da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro por conta dos critérios de desempate. Apesar da pressão dos minutos finais, o Rubro-Negro cometeu muitos erros, cedendo espaço exatamente aos melhores jogadores colorados.
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Se este momento, entre as rodadas da Libertadores, era o da afirmação do Athletico, o fato é que o time regrediu. Os problemas no sistema de marcação e a repetição de falhas levaram aos dois pontos conquistados nos últimos doze, e a novos questionamentos sobre o técnico interino Eduardo Barros.
A volta do trio
Eduardo Barros promoveu o retorno da trinca que fez o Athletico voltar a ser regular. Christian estava liberado depois de cumprir a suspensão automática, e ele jogaria ao lado de Erick e Léo Cittadini. Com os três em campo, o Furacão tentaria ser mais forte na marcação do meio-campo e ter uma transição mais rápida. Jorginho ficara fora até do banco de reservas, e Lucho e Ravanelli eram as opções para mudar o meio.
Já no ataque havia uma novidade. Fabinho era barrado e Carlos Eduardo reaparecia como titular. A troca ressaltava a dificuldade ofensiva rubro-negra. À exceção de Renato Kayzer, que acabou de chegar, as outro cinco opções entre titulares e reservas no Beira-Rio ainda não tinham se afirmado. Alguns, por má fase, como os próprios Fabinho e Carlos Eduardo. Outros, como Pedrinho e Guilherme Bissoli, não aproveitaram as chances. E Walter porque não recuperou o ritmo depois de dois anos sem jogar.
Internacional x Athletico: o jogo
A forte marcação e a transição rápida seriam importantes diante de um adversário perigoso como o Internacional. E, claro, muita atenção a Abel Hernández e Thiago Galhardo – o melhor jogador do Campeonato Brasileiro até agora. Só que logo a seis minutos o meia colorado se posicionou entre Thiago Heleno e Pedro Henrique para abrir o placar. A movimentação de Galhardo vem sendo mortal para a marcação. Ele fica numa espécie de ‘zona morta’, entre volantes e zagueiros, e jogava solto.
Eduardo Coudet também posiciona seu meio-campo de forma diferente aos outros times da competição. Rodrigo Lindoso fica à frente dos zagueiros. Praxedes recua para ser o armador central, e Patrick e Marcos Guilherme jogam abertos. À primeira vista, pode ficar um buraco – mas é justamente aí que Galhardo se posiciona. E por isso o Inter ficava mais com a posse de bola, com o Athletico tendo dificuldades para sair jogando.
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A estratégia do Furacão era completamente diferente dos jogos recentes na Arena (incluindo o empate com o Ceará) – e até mesmo na derrota para o Flamengo. Ficando menos tempo com a bola, com os meias espaçados e um número excessivo de erros de passe. E a defesa tinha uma atuação muito ruim. Dois erros levaram ao segundo gol colorado – uma dividida frágil de Pedro Henrique gerou o lance do escanteio; e o rebote ficou livre pro cruzamento para Abel Hernández.
Reação e problemas
Mas o primeiro tempo terminou com uma belíssima jogada de Carlos Eduardo (a melhor desde que chegou ao Athletico) e o cruzamento preciso para Renato Kayzer. Uma jogada que mostrava o quanto era importante que os atacantes aparecessem. Em uma partida complicada e com atuação ruim, os dois homens de frente recolocaram o Furacão no jogo.
Na volta do intervalo, os times resolveram se abrir de forma até temerária. Tanto que Coudet mudou o Inter, colocando Musto e formando duas linhas de quatro. O Athletico passaria a ter mais a posse de bola. Eduardo Barros então respondeu com a entrada de Ravanelli no lugar de Erick. Mas o Furacão tinha muita dificuldade no chamado ‘primeiro terço’ do campo, com a defesa (incluindo Richard) errando demais. O treinador interino apostou em Fabinho e Pedrinho nos lugares de Cittadini e Carlos Eduardo.
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Fechando as alterações, entraram Walter e Alvarado e saíram nos lugares de Jonathan e Richard. De novo o Athletico iria para um final de partida com quatro atacantes e só dois no meio. Por sorte, o Inter não tinha jogadores de velocidade. Ravanelli, que precisa ter mais tempo de jogo, acertou o travessão numa falta. E Marcelo Lomba fez um milagre no final. A pressão quase gerou o empate, mas as falhas durante a maior parte do confronto levaram à derrota.