Final da Copa de 2002: dez lembranças sobre o penta

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Em pé: Lúcio, Edmílson, Roque Júnior, Gilberto Silva, Marcos, Kaká, Vampeta, Anderson Polga, Dida, Rogério Ceni e Belletti. Agachados: Ronaldinho, Ronaldo, Roberto Carlos, Kléberson, Rivaldo, Cafu, Júnior, Ricardinho, Luisão, Edílson, Denílson e Juninho. Foto: Paulo Pinto/Estadão Conteúdo

Neste domingo (12), às 16h, tem um programaço na RPC – a reprise de Brasil x Alemanha, final da Copa de 2002. A vitória da seleção por 2×0, com as atuações espetaculares de Ronaldo, Rivaldo e Kléberson, é o momento que mais aproxima os apaixonados por futebol – afinal, quem tem 25 anos ou mais lembra daquela manhã de domingo (noite no Japão).

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Aquele time liderado por Luiz Felipe Scolari – Marcos; Lúcio, Roque Júnior e Edmílson; Cafu, Gilberto Silva, Kléberson, Ronaldinho Gaúcho e Roberto Carlos; Ronaldo e Rivaldo – provocou a última festa pra valer da torcida brasileira, e traz memórias daqueles dias de maio e junho. Recordo aqui momentos marcantes e curiosos do início até o final da Copa.

Virando as madrugas

A primeira Copa do Mundo na Ásia embatucou o relógio biológico da galera. Com jogos a partir das 3h30 no horário de Brasília, nem todo mundo aguentava o tranco. Ficou pra sempre a soneca do comentarista Sérgio Noronha no meio da cobertura da Globo.

Histórico

Você já sabe, mas não custa repetir. Kléberson foi o único jogador convocado para uma Copa do Mundo jogando em um time paranaense. Ele garantiu a presença na lista de Felipão com uma sequência de boas atuações nos amistosos pré-Mundial – assim como Gilberto Silva e Kaká, ele carimbou o passaporte na reta final da preparação.

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Sim e não

Ricardinho foi o último convocado – já no Japão a seleção perdeu Emerson, lesionado, e o então meia do Corinthians foi chamado às pressas. Ele estava na missa na igreja de Nossa Senhora Aparecida, no Seminário, quando soube da chamada de Felipão. Rogério Ceni e Belletti eram os outros paranaenses na Copa. Já Alex, homem de confiança do treinador, não foi lembrado – injustiça até hoje não compreendida pelo Menino de Ouro.

Longe de casa

O Paraná Clube teve uma excursão no meio da Copa de 2002. O Tricolor disputou partidas na Ucrânia, com um time que tinha Marcos, Hélcio, Goiano, Maurílio, Adriano Chuva e Alexandre Bambu. Caio Júnior era o treinador. A viagem foi acidentada, por conta dos resquícios do regime da antiga União Soviética. Mas o Paraná voltou invicto. Eu e o Luiz Augusto Xavier cobrimos essa aventura pela Tribuna.

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Foi na belíssima Lviv que o Paraná Clube ficou durante a excursão pela Ucrânia. Foto: Divulgação

Ronaldo?

Vindo do Botafogo, Ronaldo foi uma das contratações do Paraná Clube para o Brasileirão de 2002. E chegou, claro, antes da Copa do Mundo. E, claro, foi para a excursão. E aí, lá no interior da Ucrânia, era confundido com o Fenômeno. Cada vez que o nome dele era anunciado nos alto-falantes, a torcida ia ao delírio.

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Galvão?

Em duas semanas na Ucrânia, assistimos à Copa sem narração em português. E o Galvão Bueno deles dava risadas a cada chute para fora. Foram alguns jogos no mute. Mas aquela vitória sobre a Inglaterra vimos todos juntos – jogadores, comissão técnica, dirigentes, tradutor e jornalistas – e fizemos uma algazarra no hotel, inclusive pra irritação de uma comitiva inglesa que estava por lá.

Mico, quer dizer, Tico

No meio da Copa de 2002 o Coritiba viveu um dos momentos mais insólitos da sua história. Contratou Tico Mineiro, um meia-atacante. Só que contratou um pensando que era outro. No final, veio o Tico Mineiro errado. Era para vir o que tinha passado no Botafogo, moreno e de trancinhas. Mas veio o da Francana, branco e de cabelo curto. Coube ao então secretário Domingos Moro resolver a confusão. No caso, botando o Tico errado no avião de volta para São Paulo.

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Era esse. Mas veio outro. Foto: Arquivo

Intertemporada

Já o Athletico estava treinando – sem Kléberson, claro – para a Copa dos Campeões, que aconteceria logo depois do final da Copa de 2002. Era um torneio que reunia vencedores dos torneios regionais, e que o Furacão disputaria como o então detentor do título brasileiro. Comandado por Riva, o time foi mal e acabou eliminado na primeira fase. Eu também fui nessa, indo para Teresina dez dias depois de chegar da Ucrânia.

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A final da Copa

O ‘ponto de encontro’ dos jornalistas na final da Copa do Mundo foi a cancha de grama sintética de Ricardinho – foi lá que as famílias dele e de Kléberson acompanharam o jogo entre Brasil e Alemanha. Assistimos ao jogo tentando separar torcida e trabalho, mas foi impossível. Nos gols da seleção, pulamos como se estivéssemos em um estádio. Foi uma experiência bem legal. E emocionante.

Festa

Como o jogo começou às 8h, no horário de Brasília, a vitória do Brasil na final da Copa de 2002 teve uma comemoração diferente de 1994. O pessoal ficou mais em casa no penta – até porque no tetra tivemos um quebra-pau histórico na avenida do Batel. A festa em casa foi um churrasco de apartamento comandado pelo meu pai. Pra comparar, em 94 fomos parar, inclusive minha mãe, na Marechal Deodoro.

A festa do penta em Curitiba. Foto: Denis Ferreira Neto/Arquivo

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