Figueirense x Paraná: Tricolor vence e mostra que há vida sem Renan Bressan

Figueirense x Paraná
Bruno Gomes comemora o gol que definiu Figueirense x Paraná. Foto: Fernando Remor/Ofotográfico/Folhapress

Havia uma expectativa, na verdade uma preocupação para Figueirense x Paraná. Como se comportaria o Tricolor sem seu principal jogador? Renan Bressan estava fora, mas o time conseguiu superar a ausência. Não mudou a forma de atuar, mas adaptou-se à falta do camisa 10, foi superior ao time catarinense e venceu por 1×0, na noite desta sexta-feira (4), no Orlando Scarpelli.

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Reassumindo – pelo menos provisoriamente – a liderança da Série B do Campeonato Brasileiro, o Paraná Clube mostrou virtudes que às vezes ficam em segundo plano quando Bressan joga. Foi um time muito organizado, consciente e que soube explorar as falhas do Figueira. Somando tudo isso, conseguiu uma vitória justa.

As escalações

Era o Paraná mais diferente desde o início da Série B. A mudança radical e forçada na defesa já saltava aos olhos. A perda de Thales será sentida, tanto que os dirigentes esperam repor essa perda. Como também estava sem Fabrício, o Tricolor tinha Salazar e Hurtado na zaga – fisicamente mais fortes que os até então titulares.

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Mas a ausência mais sentida, naturalmente, era a de Renan Bressan, que se lesionou no jogo contra a Ponte Preta. O camisa 10 resistiu bem às primeiras rodadas, mas a sequência insana de partidas afeta demais os jogadores. Michel ganhava a chance de começar jogando, contando com a volta de Andrey e Gabriel Pires, que tinham sido preservados no meio da semana.

Figueirense x Paraná: o jogo

Mesmo sem Bressan, o desenho tático tricolor não mudou neste Figueirense x Paraná. E o próprio Allan Aal tinha dito isso ao SporTV antes do jogo. Michel ficou mais adiantado, perto de Bruno Gomes, e Gabriel e Andrey se mantendo na segunda linha de marcação com Higor Meritão e Jhony. No Figueira, um “trio de ferro” do meio pra frente: Elyeser (ex-Coritiba), Marquinho (ex-Athletico) e Diego Gonçalves (ex-Paraná).

Allan Aal não mudou o jeito do Paraná jogar. Foto: Albari Rosa/Foto Digital

Com uma forma bem definida de jogar, o Paraná era mais equilibrado que o Figueirense. O jogo passava mais pelos lados, principalmente pela esquerda, que é o setor mais forte do time. Mas não havia um domínio pleno do jogo. No todo, a partida era arrastada, sem chances e sem muita emoção. Os donos da casa paravam no eficiente sistema de marcação do Tricolor, que produzia muito pouco ofensivamente. E era possível: quando trocou passes, Andrey deixou Bruno Gomes na cara do gol.

Apesar de não chegarem muito à frente, havia motivo para os paranistas reclamarem – houve um pênalti de Matheus Neris não marcado pela arbitragem. Com esses dois lances, já ficava evidente quem estava melhor na partida. Mas era pouco, era possível acelerar o jogo para conseguir a vitória.

Segundo tempo

Os catarinenses voltaram do intervalo ensaiando uma pressão, mas o ritmo da partida seguia o mesmo, bem devagar. Inevitável pensar que isso é impacto do calendário apertado. Nem completamos um mês de Segundona e essa é a oitava rodada – no caso dos dois times, ainda pior, porque eles tiveram Copa do Brasil no meio do caminho. Portanto, Paraná e Figueirense estavam na nona partida em apenas 29 dias. Não dá pra jogar bem sempre.

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Pra tentar dar uma sacudida no Tricolor, Allan tirou Gabriel Pires e colocou Guilherme Biteco. Mas o gol saiu pela esquerda, com Andrey. E após a falha de Elyeser, Bruno Gomes marcou. Mérito para o time mais arrumado. E isso ficou ainda mais claro com a vantagem. O Paraná Clube correu poucos riscos, trocou passes com consciência e administrou o resultado para dormir na liderança da Série B.

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