Dorival Júnior não é mais o técnico do Athletico. Parece que aqui no futebol paranaense é assim: perdeu quatro jogos, é demitido. Sobe a pressão sobre a diretoria e aí todo o papo de planejamento vai para o espaço. Aconteceu duas vezes no período de sete dias. E no caso do Furacão, não se pode achar que agora está tudo resolvido.
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O agora ex-treinador falhou. Foi teimoso em algumas escolhas, perdeu tempo tentando encontrar lugar para Marquinhos Gabriel e Carlos Eduardo, demorou a dar chance para Pedrinho, levou meses para efetivar Abner na lateral-esquerda e Khellven na direita. São falhas que afetam o rendimento do time, e a sequência negativa tirou de Dorival Júnior qualquer justificativa para suas decisões.
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Mas não é apenas esse o problema do Athletico. Apesar do elenco ser fortalecido, posições-chave ainda não foram supridas de fato. A lateral-direita ainda não tem uma afirmação (só agora Khellven teria uma sequência), falta um articulador no meio-campo e o ataque espera pela recuperação física de Walter. E aí a responsabilidade é de Paulo André e de Mário Celso Petraglia.
Pós-covid
Outro detalhe. Dorival Júnior sequer esteve no banco em três das quatro derrotas. Por mais que seus auxiliares seguissem suas orientações, na hora da bola rolar eram outros a comandar o time. E apenas cinco dias depois de ser liberado do afastamento por covid-19, o técnico foi demitido.
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E agora? Eduardo Barros deve treinar o Athletico diante do Bragantino. Depois, o mistério – Petraglia e Paulo André gostam de surpreender. Virá um estrangeiro, como se pensou no final do ano passado? Chegará um Abel ou Mano Menezes? Ou vai se esperar o clássico São Paulo x Corinthians para ver se Fernando Diniz ou Tiago Nunes serão demitidos? Os próximos dias serão bastante agitados.