Lutando pela volta do futebol, alguns clubes tiveram um duríssimo golpe na última quinta-feira (7). A Turner suspendeu o pagamento de metade dos direitos fixos de transmissão do Brasileirão de 2020 – que ainda nem tem data pra começar. É mais uma quebra no faturamento para Athletico, Coritiba, Internacional, Santos, Bahia, Fortaleza, Ceará e Palmeiras.
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Claro que entre os oito há impactos maiores e menores, de acordo com a capacidade organizacional de cada clube. Mas todos eles vão sentir essa grana que não vai entrar, e que estava programada para cair na conta em maio, junho e julho – que certamente serão os meses mais complicados no combate à pandemia do novo coronavírus.
Sem jogos (alguns dos clubes acima nem treinando estão), com queda de arrecadação e sem uma previsão racional da volta do futebol, a única fonte atual de renda para os clubes é a vinda dos direitos de transmissão, que era na teoria um dinheiro certo. Mas os grupos de mídia também estão revendo pagamentos – no caso dos clubes e campeonatos com contrato com a Globo, houve reduções que serão recuperadas quando os jogos retornarem.
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E é por isso que a decisão da Turner vai também fazer aumentar a pressão dos clubes pela volta do futebol. Está muito claro que a retomada apressada dos campeonatos é movida pela necessidade econômica. E como os cartolas vão à CBF, inclusive para pedir dinheiro, a entidade age como pode para conseguir mudar a posição das autoridades estaduais de saúde. Tudo isso pra não dividir seus lucros milionários com os clubes que precisam de auxílio.
Turner e os direitos de transmissão
No fundo, o que a empresa norte-americana parece desejar é realmente a rescisão dos contratos de direitos de transmissão do Brasileirão. Como escrevi há algumas semanas (nem sei mais quanto tempo estamos no isolamento), a Turner descobriu que não é barato fazer futebol no Brasil. E principalmente que nossos cartolas não são nada fáceis de lidar.
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E com isso perde a competição, perde o mercado. Claro que vivemos na era em que o mais forte sobrevive, e é muito clara a condição que difere os grupos de mídia brasileiros. Não é à toa que quase ninguém entra na briga pelos direitos de transmissão do Brasileirão. E quando entra acaba não durando muito tempo. Pior para os clubes, que viram o resultado disso no bolso.
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