Coritiba x Fortaleza não teve muita diferença das últimas partidas do Coxa no Campeonato Brasileiro. O jogo deste sábado (10) no Couto Pereira terminou em 0x0, resultado que resume as carências do elenco alviverde, fruto das trapalhadas da diretoria no departamento de futebol. E também os erros do técnico Jorginho, que parece mais preocupado em justificar suas escolhas do que fazer o Coritiba voltar a vencer.
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Sem sair da zona de rebaixamento, o Coxa precisa de soluções. Chegou a hora de quem manda no clube pensar como espera que a equipe atue em campo e se comporte diante dos adversários e neste Brasileirão. Se é da forma que o atual treinador faz, que se siga e se dê reforços e suporte ao seu trabalho. Se não for, é momento de agir.
Um time mais ofensivo?
Jorginho, inteligente como é, percebeu que se repetisse o desenho tático das últimas rodadas poderia correr risco até de demissão. Além disso, a necessidade do resultado fez com que o Coritiba entrasse em campo com uma formação mais ofensiva. Guilherme Biro, que havia sido ‘queimado’ na derrota para o Grêmio, e Ramón Martínez deixavam o time titular, e Giovanni Augusto e Ricardo Oliveira apareciam na equipe.
Eram quatro jogadores de frente, fato raro em toda a passagem de Jorginho no Alto da Glória – incluindo o ano passado. Com Giovanni Augusto e Robson, Ricardo Oliveira teria (em tese) companhia. Gabriel, mantido na equipe, era ainda a incompreensão. Sarrafiore e Neílton estavam no banco, ambos com mais qualidade e melhor momento que o titular. E o jogo prometia ser complicado, por conta do ótimo trabalho de Rogério Ceni.
Coritiba x Fortaleza: o jogo
Mas apesar de ter uma escalação com mais atacantes, o Coritiba seguia com aquela postura quando não tinha a posse de bola – recuava inteiro para tentar tirar os espaços do Fortaleza. E dava campo para os visitantes, da mesma forma que dera para Grêmio e São Paulo. Com espaço, Osvaldo sobrava, ganhando o duelo individual com Natanael e fazendo sempre a mesma jogada: indo à linha de fundo e cruzando para trás para Wellington Paulista.
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Os problemas de articulação do Coxa persistiam. Nem Giovanni Augusto nem Gabriel davam ao time qualidade no passe. Mattheus Oliveira, Cerutti e até Rafinha eram ansiosamente aguardados. O resultado era que a bola ficava quase todo o tempo com o Fortaleza. E tome Wilson trabalhar, como se fosse uma repetição das partidas anteriores. Apesar de ter mais jogadores com perfil ofensivo, o Coritiba seguia com aquele jeito medroso de jogar.
Segundo tempo
O Coritiba voltou com mudanças. Neílton? Sarrafiore? Não, Jonathan no lugar de Natanael. Claro que o jovem lateral tinha sido atropelado por Osvaldo na etapa inicial. Mas o problema de armação alviverde precisava de correção urgente. Sem fazer isso, Jorginho contribuiu para que o panorama de Coritiba x Fortaleza seguisse o mesmo – bola sempre do Fortaleza, domínio total dos visitantes, Coxa sem ação ofensiva. E na melhor chance do time, Robson acabou errando.
Era preciso atacar, tirar o conforto do Fortaleza. Jonathan arriscou e acertou a trave, mas era um lance fortuito. Aí Jorginho resolveu mexer. Neílton? Sarrafiore? Não, Yan Sasse, e no lugar de Ricardo Oliveira. O centroavante cansou, tudo bem. Só que o treinador deixava o Coritiba ainda menos agressivo. Tanto que, veja só, era Jonathan a melhor opção ofensiva alviverde. De resto, até havia mais iniciativa, mas os erros se sucediam.
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Foi quando Jorginho resolveu mexer. Sarrafiore? Neílton? Não, Nathan no lugar de Gabriel. Qual será o problema do treinador com eles? Talvez querendo mostrar que ele está certo e os seus críticos errados, o Coritiba foi até o final aos trancos e barrancos. O gol perdido por Robson e Yan aos 41 minutos da etapa final simbolizou um time que lutou bastante, mas que vem pagando pelas escolhas erradas, tanto dos jogadores em campo, quanto do técnico, quanto dos dirigentes.