Aquele gol de Rossini que deu a vitória ao Manaus sobre o Coritiba pela Copa do Brasil virou o Alto da Glória. Certezas viraram dúvidas, preocupações viraram necessidades, planos viraram sonhos e a expectativa do primeiro semestre teve que ser alterada. Sem a competição nacional, o Coxa ficou com o Campeonato Paranaense como a única maneira de acalmar os ânimos. Eduardo Barroca e o elenco alviverde estão pressionados.
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A política de contratações do Coritiba no início da temporada foi considerada, em sua maioria, como boa por torcedores, conselheiros e imprensa. Não haveria jeito de reformular um grupo gastando horrores. Se nem clubes com bolso mais forrado estão fazendo isso, imagine o Coxa, que precisa da austeridade para manter a casa em ordem – a atual gestão vê como o grande erro da história recente o estilo ‘saco sem fundo’ que se usou em algumas temporadas.
Ajustando o orçamento
É certo que o grupo alviverde ainda precisa de reforços, mas a falta do dinheiro da Copa do Brasil – que ficou nos R$ 900 mil da participação na primeira fase – pode provocar a mudança dos planos, fazendo com que contratações de mais peso só venham para o Campeonato Brasileiro. É preciso lembrar que o Coritiba ainda não assinou acordos para a transmissão em TV aberta e pay-per-view.
Atualização das 21h26: O Coxa teve uma notícia positiva para seu orçamento com a negociação de Yan Couto com o Manchester City, confirmada nesta quinta-feira (20). Os detalhes estão aqui na matéria do Fernando Rudnick.
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Além de contratar, talvez só depois, o Coritiba quer limpar o trecho. A saída de Iago Dias para o Juventude mostra que o objetivo é abrir espaço – no elenco e na folha de pagamentos – para reforçar o time. Já havia sido assim com Romércio, Thalisson Kelven, Vítor Carvalho, Julio Rusch, Igor Paixão, Rafael Martins e Pablo Thomaz, além da transferência de Guilherme Parede. Todos da base.
Cobranças
A torcida não engoliu nem a eliminação na Copa do Brasil e também a derrota para o Cascavel CR no último domingo (16). A diretoria também não. Houve cobranças ao técnico Eduardo Barroca e aos jogadores. A expectativa (pra não dizer exigência) é de resposta imediata, no jogo da sexta (21) contra o Cianorte, no Couto Pereira.
O Coritiba começou dando bons sinais, teve um jogo sólido (a goleada sobre o União) e depois regrediu bastante. Após o Cianorte, os adversários serão os dois últimos colocados do Paranaense, Toledo e PSTC. Espera-se internamente que após esses três jogos a equipe de Eduardo Barroca esteja recuperada. Caso isso não aconteça, o Atletiba da última rodada da primeira fase pode ganhar contornos mais dramáticos que o esperado.
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