Corinthians x Coritiba era o jogo do “voto de confiança” da diretoria alviverde para o trabalho do técnico Eduardo Barroca e do diretor Rodrigo Pastana. E, apesar de atenuantes para o treinador (em especial a expulsão de Yan Sasse), a derrota por 3×1 para o Timão, na noite desta quarta-feira (19), em São Paulo, faz de novo a pressão sobre ambos aumentar – e também sobre a diretoria, em especial o presidente Samir Namur. Zerado no Campeonato Brasileiro, o que será do amanhã do Coxa?
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O resultado mais pesado, por conta do gol de Mosquito no finalzinho do jogo, deixa a possibilidade das mudanças radicais acontecerem já. Como o jogo reforçou problemas de escalação e de estrutura de elenco, os cartolas podem não o jogo de domingo (23), diante do Bragantino. A minha opinião? Rodrigo Pastana já deveria ter sido trocado. E Eduardo Barroca não é o maior culpado, mas está na marca do pênalti.
Um Coxa diferente
Pressionado, Eduardo Barroca escalou um time bem diferente. Seus homens de confiança, Jonathan e Nathan Silva, estavam fora. Patrick Vieira voltava à lateral e Matheus Bueno era uma opção interessante no meio-campo. Na frente, Neílton e Sassá viravam titulares ao lado de Robson. Era, no papel, um time mais fortalecido, e ainda com as presenças de Matheus Sales no banco. Mas ainda faltavam opções de qualidade entre os reservas.
O desafio seria ter mais oportunidades de gol diante de um adversário que sabe muito se defender. E isso dependeria muito das novidades ofensivas do Coxa – Neílton jogaria em cima de Sidcley, e Sassá teria que superar Gil e Danilo Avelar. Também com problemas no ataque, Tiago Nunes (no banco estava Evandro Fornari) decidiu colocar Araos e Léo Natel pra tentar dar uma sacudida no Timão.
Corinthians x Coritiba: o jogo
O chute de Sassá com apenas um minuto de jogo já deixava claro que havia uma orientação de Eduardo Barroca para que o time arriscasse mais. E a sensação era que os dois times queriam tentar mais, o que fez com que os espaços aparecessem. Só que Yan Sasse deu uma inexplicável cotovelada em Araos com apenas 14 minutos, deixando os planos alviverdes de jogar de igual para igual bastante comprometidos.
O treinador alviverde resolveu não mudar o time, recuando um pouco mais Robson e Neílton para recompor o meio-campo. Mas a partir da expulsão, o Corinthians passou a jogar no campo ofensivo. E aí veio um pênalti bem estranho marcado pela arbitragem – que acertara no cartão vermelho para Yan. Patrick Vieira e Jô disputaram a jogada, e o juiz achou penalidade no lance.
Mais estranho que isso foi só o lance voltar na primeira cobrança defendida por Wilson. Mesmo com toda a irritação alviverde, o camisa 84 brilhou ao defender as duas cobranças de Jô. Era a hora de colocar os nervos no lugar e jogar toda a pressão para o lado corintiano. Mas minutos depois Léo Natel abriu o placar no chute que desviou em Robson.
Resposta rápida
Desta vez a reação foi rápida. E pelo novo setor esquerdo veio o empate alviverde. Um lance bem trabalhado por Neílton, que rolou para William Matheus cruzar para Sassá. O atacante fez o que se esperava dele e venceu Cássio. Dentro das possibilidades, Corinthians x Coritiba era um jogo bastante movimentado, e o Coxa atuava bem.
E o Timão já voltou do intervalo mais ofensivo, com Ederson no lugar de Gabriel e Gustavo Mosquito – sim, o que até ontem estava no Paraná – na vaga de Ramiro. Era uma formação bem mais agressiva, e a resposta do Coritiba seria tentar ficar mais com a posse de bola. Só que Jô marcou com apenas três minutos. Gol de centroavante, com falha de Wilson. E como um dirigente falou dia desses, “gol custa caro”.
E a vantagem logo no início do segundo tempo minou o Coxa. As chances do Corinthians se acumularam, e os alviverdes pareciam anestesiados. Barroca resolveu colocar Wellissol e Igor Jesus nos lugares de Robson e Neílton – a falta de substitutos para as extremas ficou evidente.
Últimas fichas
Desgastado fisicamente e inferior no placar e no número de jogadores, o Coritiba partiu para os minutos finais do jogo tentando se superar. Luiz Henrique e Matheus Sales já estavam em campo nas vagas dos Matheus Bueno e Galdezani. Mas faltava força, e principalmente faltava qualidade.
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E aí, por mais que – repito – Eduardo Barroca tenha feito escolhas erradas desde a volta do futebol, o problema é de quem montou o elenco. E quem tem carta branca para cuidar disso é Rodrigo Pastana. Os dois serão os personagens dos próximos capítulos do Coritiba, que ainda viu Patrick Vieira errar e Mosquito fechar o placar. E não é possível prever o dia de amanhã.
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