Já tinha tido “olé”, “time sem vergonha” e “queremos jogador”. Tinha tido choro e cara feia. E eram 46 minutos do segundo tempo. Mas, naquelas coisas que o futebol permite, o Paraná Clube virou um jogo que parecia perdido, faturou uma boa grana na Copa do Brasil, fez valer a pena a noite dos torcedores e serve como gigantesco incentivo para a sequência da temporada. O Tricolor quer fazer desta noite de quarta-feira (26), desse 3×2 sobre o Bahia de Feira na Vila Capanema, um ponto de transformação.
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Como hoje todo mundo vê todo mundo, o glorioso Barbosinha sabia que o Paraná tem dificuldades para ser um time propositivo – quer dizer, que domine o adversário. E aí o técnico do Bahia de Feira fechou a casinha e deu a bola para o Tricolor. E mesmo com a alteração correta promovida por Allan Aal, tirando Rodrigo Rodrigues e colocando Marcelo, faltava movimentação para abrir espaços.
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A opção do arremate de média distância era pouco usada – tanto que a primeira defesa de Alan só foi aos 31 minutos, na tentativa de Michel. Carlos Dias também tentou de longe, mostrando como era o melhor caminho. Preso na armadilha de Barbosinha, o Paraná não conseguia ser efetivamente melhor que os baianos. E terminou o primeiro tempo tendo apenas uma possibilidade de mudar o panorama técnico do jogo, a entrada de Renan Bressan.
Montanha-russa
Allan não mudou na volta do intervalo. O cenário continuou o mesmo – Marcelo, Raphael Alemão e Thiago Alves não participavam do jogo, a bola não chegava, e Michel estava sobrecarregado na articulação. Renan entrou aos 10 minutos, pouco antes do gol de Léo Porto. Do jeito que Barbosinha queria. O camisa 20 do Tricolor passou a carimbar todas as jogadas ofensivas, mas o personagem da partida era Marcelo – teve duas chances para marcar, uma clara, e após o erro foi substituído.
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As lágrimas do jovem atacante, captadas pelas câmeras do SporTV, representavam a decepção generalizada com a possível eliminação na Copa do Brasil. Alex Cazumba deixou a situação ainda pior. E na hora em que a torcida gritava contra dirigentes e jogadores, os zagueiros foram para o ataque empatar a partida. Thales e Fabrício fizeram o que nenhum atacante tinha feito. E mudaram o ambiente na Vila, numa montanha-russa de emoções que só o futebol é capaz de proporcionar.
A virada só poderia vir com Renan Bressan. A cobrança de falta no último lance transformou a dor em euforia. Fez Marcelo comemorar, a torcida festejar como louca, o que era desânimo virar alegria. E agora que venham os russos. E o Botafogo.
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