Como mudar a história de Athletico, Coritiba e Paraná no Campeonato Brasileiro?

Campeonato Brasileiro
O trocadilho é inevitável: espero que nossos times estejam com a bola toda no returno do Campeonato Brasileiro. Foto: Albari Rosa/Arquivo

Já passamos da metade do Campeonato Brasileiro. Parece que começou ontem, mas o Athletico já fez 19 partidas, enquanto Coritiba e Paraná atingiram os 20 no último final de semana. E o Trio de Ferro tem objetivos claros – no caso tricolor, melhorar o rendimento para lutar pelo acesso na Série B; para coxas e atleticanos, tentar sair o mais rápido possível das últimas posições do Brasileirão. Até aí, todos sabem. Mas como fazer isso?

Furacão: a busca da confiança

A vitória do sábado (7) sobre o Fortaleza teve forte impacto interno no Athletico. A sensação que se tem é que os jogadores perceberam que o que acontecera no primeiro tempo e decidiram que aquele seria o fundo do poço. Dali por diante, só era possível subir. E o primeiro passo a se fazer era lutar pela virada diante do time cearense. Foi na base da vontade, da superação, mas deu certo. E se ainda há muita desconfiança, só as vitórias podem recuperar a confiança.

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E é um processo de dentro para fora. Passa pelos jogadores, por Paulo Autuori e pelos dirigentes até chegar nos torcedores. É preciso ter sequência de resultados, uma reconstrução tática que passa por mais solidez defensiva e mais eficiência ofensiva e o mínimo de normalidade no departamento de futebol. Os terremotos de 2020 já foram suficientes. Agora, o Furacão precisa ter paz fora de campo para ter confiança dentro das quatro linhas.

Coxa: pressão no Campeonato Brasileiro

Empatar com o Internacional no Beira-Rio teve tanto a sensação de soma de um ponto quanto a da perda de dois. Não ser derrotado para o líder do Campeonato Brasileiro é positivo, mas talvez não apareçam tantas chances como a do domingo (8) de vencer uma equipe do topo da tabela. De qualquer forma, Rodrigo Santana sabe que será preciso mais, até para aliviar a pressão que o Coritiba vem sofrendo praticamente desde a primeira rodada da competição.

Uma vantagem relativa que o Coxa tinha agora é compartilhada pela maioria dos times que lutam para escapar do rebaixamento – o tempo entre as partidas. Da turma que está nesta briga, apenas Vasco e Bahia ainda disputam outros torneios (ambos estão nas oitavas de final da Sul-Americana). Já que os adversários também podem treinar a semana toda, é hora de fazer valer esse período. Com Jorginho, mais treinos não significaram melhor futebol. Rodrigo Santana tem a chance de mudar isso.

Tricolor: a hora do salto

O início da Série B foi espetacular, mas o Paraná Clube não conseguiu repetir o aproveitamento das primeiras dez rodadas. O empate da sexta-feira (6) com o Confiança mostrou as dificuldades que Rogério Micale terá para fazer o time melhorar seu rendimento. O onze titular ideal do Tricolor rendeu e permitiu brigar até pela liderança da Segundona. Mas quando o elenco foi exigido, faltou qualidade para manter o ritmo e a posição no G4.

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Com cinco pontos de diferença para o Juventude, quarto colocado, o Paraná terá que agir desde já. No mercado – e Rogério Micale admitiu que o clube busca reforços – e em campo. É a hora para engatar uma sequência positiva e entrar para ficar entre os primeiros. No equilíbrio intenso da Série B do Campeonato Brasileiro, só uma série de bons resultados muda o patamar da equipe. Quanto mais cedo se atingir isso, melhor para o Tricolor.

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