Brasileirão: os desafios de Athletico, Coritiba e Paraná no meio de semana

Brasileirão, desafios
Os nossos três times terão desafios diante de Náutico, Grêmio e Ceará. Foto: Albari Rosa/Foto Digital

Será uma rodada de desafios para os nossos times neste meio de semana do Brasileirão. Os últimos jogos – a derrota do Paraná para o Botafogo-SP, o empate do Coritiba com o São Paulo e a derrota do Athletico para o Flamengo – marcaram o início de uma nova maratona de partidas. E, enquanto o nível técnico e a exigência física aumentam, esperamos uma resposta positiva do Trio de Ferro.

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É natural que o sentimento do torcedor seja o de esperar vitórias em todas as partidas. Mesmo os analistas às vezes esquecem da dificuldade que esta temporada representa principalmente pros atletas. Afinal, não tem descanso, é jogo toda hora, e quase sempre decisivo. E quanto mais passarem os meses, isso só vai aumentar. Mas é preciso manter o nível de competição o mais alto possível, senão os objetivos no Brasileirão ficam mais difíceis de serem atingidos. Vamos olhar pra cada um dos times.

Paraná: os desafios da Segundona

O Paraná Clube entra em campo na noite desta terça-feira (6) contra o Náutico em um jogo fundamental. Além de valer a permanência no G4 da Série B, também serve para estancar um mau momento do time na competição. Nas últimas cinco partidas, o Tricolor só ganhou um jogo – somou ao todo cinco pontos em quinze possíveis. Um aproveitamento que o tirou da ponta da Segundona e eliminou a vantagem para os concorrentes diretos.

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Como tinha ficado evidente desde o início do campeonato, o equilíbrio desta Série B não tem paralelo desde a adoção dos pontos corridos. São pelo menos onze candidatos claros ao acesso – e isso sem contar o Cruzeiro. E vai ser um perde e ganha daqueles até janeiro. Por isso, quem for mais regular vai subir, e o Paraná foi assim até ter essa sequência de três jogos sem vencer.

Vitinho é a esperança de um Paraná Clube com mais poderio. Foto: Albari Rosa/Arquivo

A questão fundamental para o Tricolor é a força de elenco. Allan Aal faz um excepcional trabalho – transformando uma equipe desacreditada em confiável. Mas para isso foi preciso extrair o máximo dos onze titulares, porque as opções não eram de qualidade. Agora, com mais reforços chegando, Vitinho como o mais importante deles, a expectativa é que o limite do grupo paranista aumente. A pegada da Segundona é muito forte, e vai ser preciso ter peças pra aguentar o repuxo.

Coritiba: uma rotina de desafios

Quarta-feira (7), contra o Grêmio, em Porto Alegre, o Coritiba coloca em campo sua má fase. O futebol amedrontado que o time apresentou contra o São Paulo deixou todo mundo assustado. E, em vez de explicar por que não coloca o Coxa com mais força ofensiva, o técnico Jorginho preferiu defender o próprio trabalho, citando até o Liverpool e garantindo que o Alviverde não pode encarar o Brasileirão pensando em ‘jogar bonito’. Isso sem contar que acabou jogando o empate nas costas de Hugo Moura.

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Não que o Coritiba precise ser a seleção húngara de 54 (referência muito antiga), mas o jogo ‘reativo’ no qual Jorginho se apega tem que ter pelo menos a reação. O Coritiba não ataca, parece que não treina jogadas de ataque. E Robson fica lá correndo como maluco pra criar chances – e cria. Só se defendendo, com medo de qualquer adversário, não vai dar pra fugir do rebaixamento.

A retranca de Jorginho já não está sendo aceita no Coritiba. Foto: Albari Rosa/Foto Digital

E o treinador precisa mudar com a máxima urgência os seus conceitos. Não há time que se sustente com três volantes, dois “secretários de lateral” (copyright pro Edílson de Souza) e sem criação. Onde Ricardo Oliveira entra nessa formação? Ou Jorginho tira um pouco de coragem pra colocar no Coxa, ou a crise que já se instalou nos bastidores – a diretoria tentou uma manobra pra adiar a eleição e tomou uma invertida dos sócios – vai acabar tendo extensão para as quatro linhas.

Athletico: os três desafios

Ser eficiente no Brasileirão, na Copa Libertadores e na Copa do Brasil. É o que o Athletico vai tentar a partir desse outubro. Com o calendário espremido, as decisões do Furacão vão se acumular a partir do final do mês. E para isso o técnico interino Eduardo Barros terá que botar o time que ele vem montando para jogar com mais sequência.

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É uma tarefa árdua. Porque além do desgaste físico, que obriga a fazer alterações, os times têm o risco das lesões e da covid-19. Então é impossível exigir que um time arrebente em todos os jogos. Se tentar isso, vai acabar se arrebentando. Apesar destes ‘poréns’, o Furacão ainda precisa encontrar a regularidade. Essa nova construção tática, que passa pelo trio Christian / Erick / Léo Cittadini, precisa ser ainda aperfeiçoada, sem contar que tem titular que não voltou, caso específico de Nikão.

Léo Cittadini forma com Christian e Erick o eixo central do ‘novo’ Athletico. Foto: Albari Rosa/Foto Digital

Diante do Ceará, na quinta (8), na Baixada, o Athletico encontrará um adversário muito bem organizado. Tem uma outra proposta com Guto Ferreira – esse sim é um time reativo – e vai impor dificuldades. É um jogo que permitirá mais uma avaliação deste novo Furacão, talvez em definitivo com Renato Kayzer na frente, quem sabe testando em algum momento o meio-campo sem Wellington para reforçar o ataque. Os próximos desafios serão muito importantes para o resto da temporada rubro-negra.

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