Por mais próximos que estejamos da final do Campeonato Paranaense, os olhos dos torcedores estão se voltando para o Brasileirão. A principal competição do País começa em apenas onze dias, e a expectativa é grande para que a bola role. Inclusive por conta de saber como vai ser a adoção do protocolo médico da CBF, pois estamos longe de controlar a pandemia do novo coronavírus.
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Com esse risco no ar, que pode até paralisar o Brasileirão a qualquer momento, os clubes se preparam – jogando os Estaduais, a Copa do Nordeste, fazendo amistosos ou apenas treinando. E o impacto da pandemia afetou o trabalho em campo e também no mercado. Alguns times, como Athletico e Atlético-MG, foram com fome às compras, enquanto equipes como Coritiba e Santos não se reforçaram.
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E em que patamar – palavrinha danada – estão Furacão e Coxa? Antes do início do Brasileirão, onde eles se encontram numa avaliação dos vinte participantes? Mesmo sabendo que é um exercício fadado ao fracasso (alguém cravou que o Flamengo ia passar como um trator antes do campeonato do ano passado?), vou fazê-lo. Vamos lá!
Os favoritos do Brasileirão
Até segunda ordem, o Flamengo começa em vantagem. Melhor elenco, clube mais rico, principais jogadores mantidos… Tirando a ausência da torcida no Maracanã, está tudo aí. Resta saber o efeito da saída do técnico Jorge Jesus, responsável por fazer do time carioca uma máquina. Como não virá um segundo JJ, teremos que esperar pra ver como será o campeão brasileiro com novo comando. Mesmo assim, é o grande favorito.
Pela condição financeira, o Palmeiras segue sendo o principal rival. Mas terá que dar respostas no mercado para a saída de Dudu (Hulk?) e para a possível suspensão de Rony. A questão de Gustavo Gómez, que tá pedindo aumento de salário, também preocupava, mas o paraguaio tá se acertando. Junto com o alviverde paulista, estão Grêmio e Internacional. São dois times com elencos fortes, bem arrumados e ótimos técnicos. Os gaúchos estão firmes na briga.
A lista principal se fecha com o Atlético-MG. Com parceiros cheios de grana e de vontade de gastar, o Galo contratou Jorge Sampaoli e atacou o mercado. Quase R$ 130 milhões em investimento no elenco fazem do time mineiro a principal expectativa do Brasileirão.
Furacão na briga da Liberta
Com as contratações que fez, e mais algumas que tenta antes da definição do prazo da punição de duas janelas de transferência, o Athletico ganhou corpo. Um dos grandes problemas do início da temporada, a falta de reposição, foi resolvida. Faltam um ou dois jogadores pra chegarem e vestirem a camisa de titular. Mas o Furacão já é no mínimo candidato a uma vaga na Libertadores.
Junto com o Athletico, entram nessa turma São Paulo, Corinthians, Fluminense, Bahia, Fortaleza e Bragantino. O time patrocinado pela Red Bull se reforçou bem e tem grana pra contratar mais se for preciso. Joga um futebol moderno e vai surpreender. Mesma situação do Fortaleza, onde Rogério Ceni vai aprimorando o seu já muito bom trabalho. Do Bahia já se esperava mais ano passado, e parece que dessa vez vai.
Os ‘grandes’ dessa lista dependem muito da sequência de seus principais jogadores. São Paulo e Fluminense dependem de seus veteranos – Daniel Alves no tricolor paulista, Nenê e Fred no carioca. Entre os dois, o time de Fernando Diniz tem mais qualidade. E o Corinthians precisa de tempo e paciência para Tiago Nunes arrumar a casa.
Coritiba no bolo
Ceará, Santos, Vasco, Botafogo e Coritiba formam, nesse momento, um terceiro grupo no Brasileirão. São times que ainda não despertam totalmente a confiança, principalmente (no caso dos quatro últimos) por conta da crise financeira. Destes, o Ceará é o que tem mais atualmente mais opções no elenco – mas fez uma aposta pesada em jogadores muito experientes, que neste calendário maluco é mais arriscada.
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Santos e Vasco têm características semelhantes. Perderam jogadores importantes porque não tiveram como segurá-los, apostam muito na base e tem gringos que resolvem – Soteldo no Peixe e Germán Cano no Vasco. Falando nisso, tem as estrelas do Botafogo. Honda e Kalou, se conseguirem entrar no ritmo do futebol brasileiro, são jogadores que podem tirar o time carioca do perigo e colocá-lo um passo acima. Mas ainda não dá pra ter essa certeza.
O Coxa montou um grupo melhor que o do acesso – apesar das carências nítidas que ainda tem. Precisa contratar e sabe que estará em um campo minado, perto de subir para o top-10, mas com o risco da ZR também próximo. É possível ter uma campanha segura, mas vai ser preciso manter as contas em dia, contratar pelo menos dois jogadores pra serem titulares (além de Neílton) e evitar que a discussão política atinja o campo.
A perigo no Brasileirão
Restam Atlético-GO, Goiás e Sport. O Leão pernambucano vive o auge de uma crise que ronda o clube há anos, e chegou ao ponto de ter que jogar um torneio da morte para não ser rebaixado no campeonato estadual. Por mais paradoxal que pareça, é destes o que tem mais peças de qualidade. E a dupla goiana, além das dificuldades normais, ainda nem voltou a jogar oficialmente.
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