Ainda tem jogo. O Paraná Clube perdeu para o Botafogo por 1×0 nesta terça-feira (10) no Engenhão, mas o que se viu em campo permite acreditar na classificação para a quarta fase da Copa do Brasil. Está tudo aberto, apesar dos problemas do Tricolor, novamente evidenciados no Rio. Mas na Vila Capanema a história pode ser diferente.
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Allan Aal decidiu sacar Michel para colocar Kaio, e em vez de um centroavante ter Andrey ao lado de Raphael Alemão e Thiago Alves. A intenção estava além de escalar três atacantes – era a estratégia de pressionar a saída de bola do Botafogo. O time carioca vinha de dificuldades na transição ofensiva, então o plano era retomar a posse lá na frente. E para isso era melhor ter jogadores rápidos, que tivessem capacidade física de fazer essa marcação agressiva.
Só que os donos da casa fizeram o gol muito cedo. Foi pela esquerda da defesa paranista, que é o elo mais fraco do time. Fabrício teve que sair para marcar Luiz Fernando, e o atacante avançou com espaço até chutar com precisão, no canto de Marcos. O Paraná precisaria sair mais, e buscar o jogo era possível. O adversário errava muito a saída de bola.
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Mas com essa disposição maior de atacar era o Tricolor quem cedia espaços ao Botafogo. Bruno Nazário, Luís Henrique e Luiz Fernando levavam muita vantagem nos duelos individuais, e Caio Alexandre ia bem no meio. O jogo no primeiro tempo era preocupante. O placar de 1×0 contra não ficou tão ruim pela atuação paranista. A chance, aquela de resolver, foi desperdiçada por Andrey.
Por que a dificuldade?
Disse antes e repito agora: não falta vontade ao Paraná. Na parte tática, Allan monta o time como é mais razoável. Mas há uma carência técnica que atrapalha quando Tricolor precisa propor o jogo. Os erros em decisões e as falhas em fundamentos vêm dessa carência, e não porque jogador A ou B não tem raça. Esse olhar precisa ser sempre levado em conta quando vemos partidas paranistas.
Apostando nessa superação, já vista na temporada, o Paraná Clube voltou ao jogo tentando pressionar o Botafogo. Mas as escolhas equivocadas se repetiam – por exemplo, quando teve uma ótima chance de chutar, Thiago Alves preferiu rolar para Renan Bressan e o lance foi perdido. Mas a pressão mais forte na saída de bola perturbou os cariocas. E o jogo ficou equilibrado.
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Bressan, apesar de sobrecarregado na armação, era o mais lúcido do time, tendo em Carlos Dias um bom coadjuvante. Tanto que era o camisa 10 que levava perigo a Gatito Fernández. Mas era preciso ter mais qualidade no ataque. Thiago Alves, o melhor dos homens de frente, teve uma noite muito ruim. E isso faz diferença.
Como o Botafogo também não é um time brilhante, a disputa está aberta. Até porque o empate não seria injusto no Engenhão. É possível – e real – seguir na Copa do Brasil. Mas o Paraná terá que errar o mínimo possível (ou não errar) para reverter a vantagem alvinegra. Luta não vai faltar. Apoio da torcida tenho certeza que também não. Mas vai ser preciso jogar mais.
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