Athletico x Grêmio mostrou que o trabalho da comissão técnica do Furacão, agora liderado por Paulo Autuori, terá que ser árduo. Em mais uma partida ruim, o Rubro-Negro perdeu de virada para o time alternativo do tricolor gaúcho, por 2×1, neste domingo (25), na Arena da Baixada. Foi a oitava partida sem vitória, e foi mais uma partida com má atuação atleticana.
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O resultado mostra o tamanho do desafio que virá pela frente. Não só por causa da série de jogos sem vencer e da incômoda permanência na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro, mas também pela necessidade de uma melhora técnica imediata. Autuori deve estar contando com a motivação dos jogadores para o mata-mata da Copa do Brasil, nesta quarta-feira (25), contra o Flamengo. Neste momento, o Athletico não consegue dar confiança para o seu torcedor.
Athletico x Grêmio: os times
Havia uma grande expectativa quanto ao time que Paulo Autuori e Antônio Oliveira colocariam em campo – e que seria comandado por Bernardo Franco na beira do gramado. Será que algumas opções já seriam descartadas? Será que o jogo de velocidade e troca de posições seria retomado? Seria um time mais próximo do passado recente do Athletico?
Que nada. As opções foram muito semelhantes às que vinham sendo usadas por Eduardo Barros. Erick de novo improvisado na lateral-direita, onde não rende tão bem. Wellington e Lucho González no meio-campo, ao lado de Christian. E Carlos Eduardo se unindo a Nikão e Renato Kayzer na frente. Uma formação que era quase o contrário do que se esperava, e que previa um time mais “paciente” do que o normal.
Era o time de Autuori para encarar um adversário com muitos reservas, mas com jogadores de boa qualidade. Por mais que fosse o Furacão quase principal, Athletico x Grêmio se iniciava sem favorito.
Apita o árbitro!
Os dois times têm como essência de seu jogo a posse de bola. Mas foi o Grêmio que começou com o domínio do jogo. Usando Luiz Fernando e Everton (o nosso, ex-Paraná e ex-Athletico) pelas extremas, o time de Renato Gaúcho dava profundidade ao seu jogo e ocupava bem o meio. Apesar disso, o Furacão começou com mais finalizações, basicamente pelas bolas paradas de Nikão para os zagueiros.
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O que faltava para o Rubro-Negro era objetividade. Se Christian e Nikão eram mais incisivos, tentavam as jogadas para frente, Wellington e Lucho não davam velocidade ao jogo. Renato Kayzer ficava sozinho na frente, sem receber. E quando parecia que o primeiro tempo de Athletico x Grêmio ficaria zerado, Carlos Eduardo fez um golaço, chamando Rodrigues para dançar e acertando o ângulo. O passe? De Thiago Heleno, a ligação direta que resolvia a falta de produção do meio.
Renato Gaúcho resolveu colocar Pepê no jogo. O atacante, um dos destaques do Brasileirão, começou a fazer o Grêmio acertar mais. Mas o empate veio numa infelicidade do General, pois o chute de Luiz Fernando foi defendido por Santos e bateu no capitão atleticano antes de entrar.
Reta final
A partir do empate, o jogo ficou aberto. Os dois sistemas de marcação tinham falhas, e por isso tanto Athletico quanto Grêmio encontravam espaço. A sensação era que o gol poderia sair a qualquer momento. A diferença era Pepê, que levava vantagem nos duelos individuais. O Rubro-Negro mudou: Carlos Eduardo e Lucho saíram para as entradas de Fabinho e Jorginho.
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Mas aí Bernardo Franco (e Paulo Autuori) decidiram trocar do meio para trás – Richard na vaga de Wellington. O Furacão passou a jogar no campo do time gaúcho, mas não conseguia criar condições para o arremate. Mas uma falha inacreditável da defesa atleticana provocou a virada. Ferreira aproveitou e marcou o segundo do Grêmio. E manteve o Athletico afundado na zona de rebaixamento.