Athletico x Colo-Colo foi enfim o grande momento do Furacão na temporada 2020. O melhor futebol apresentado no ano fez com que o Rubro-Negro construísse rapidamente a vitória sobre os chilenos, a ponto de administrar o resultado de 2×0 na noite desta quarta-feira (23), na Arena da Baixada. O resultado praticamente garante o Athletico nas oitavas de final da Copa Libertadores. E mais: encaminha a primeira colocação no grupo C.
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Com um time mais leve e mais jovem do meio para frente, o Furacão foi amplamente superior, mostrou qualidade e agressividade ofensiva. E deixou muito evidente que a reformulação do time para a sequência da temporada passa por Erick, Christian e Léo Cittadini, os melhores em campo no Joaquim Américo.
Athletico x Colo-Colo: os times
O Athletico mudava mais uma vez. Eduardo Barros, com razão, não repetia a estratégia de colocar Lucho González como centroavante, e trazia de volta Léo Cittadini para o time. Sem Nikão, sem Guilherme Bissoli e sem Walter, a opção do treinador foi montar um meio-campo com quatro jogadores. Desta vez, Cittadini não seria um ‘falso 9’, mas sim um meia com liberdade – e cobertura – para pisar na área e ocupar espaços que Fabinho e Pedrinho iriam abrir.
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A formação também apontava para um jogo mais equilibrado. Mesmo na vitória sobre o Jorge Wilstermann, havia um buraco no sistema de marcação onde os bolivianos jogaram com bastante tranquilidade. Então era preciso evitar esse risco diante de um time mais arrumado, como é o Colo-Colo – até porque Bolados e Mouche eram uma ameaça pra defesa rubro-negra. Como escrevi na terça-feira (22), era o dia de aliar desempenho e resultado.
Bola rolando
Só que uma das principais ameaças do time chileno jogou dois minutos. Mouche sentiu a panturrilha e deixou o campo no comecinho da partida para a entrada de Leo Valencia. O Athletico pressionava muito os visitantes, apostando principalmente na projeção de Erick e Christian para ampliar a vantagem na frente. E o gol saiu cedo, no escanteio desviado para trás por Campos – Pedro Henrique comemorou como se fosse dele.
A movimentação rubro-negra fazia a diferença. Léo Cittadini jogava solto e por ele passavam as jogadas ofensivas. E o segundo gol saiu assim, na entrada do armador pela diagonal para o chute que parou no goleiro, mas que Suazo colocou contra o próprio patrimônio antes que Erick chegasse. A vitória do Furacão passava pelos três jogadores do meio, que atropelavam taticamente o Colo-Colo.
O esquema funcionava no ataque e também na defesa. Ao marcar, o Athletico abdicava do 4-1-4-1. Marcava em duas linhas bem próximas, com Fabinho voltando pela direita e Christian derivando do meio para a esquerda. O posicionamento dava tranquilidade para os zagueiros, protegendo bastante Jonathan e Márcio Azevedo. Era um controle amplo dos donos da casa.
Fácil?
Olhando a partida, podia-se dizer que Athletico x Colo-Colo era um jogo fácil. Na verdade, o Furacão construía a vantagem e o domínio, fazendo a partida ficar simples de ser resolvida. O placar de 2×0 que fechou o primeiro tempo poderia ter sido ampliado, porque os rubro-negros chegavam com (aí sim) facilidade na área chilena. Na volta do intervalo, Eduardo Barros já colocou Abner, criando um novo caminho de construção ofensiva.
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Mas o domínio do Athletico era de intensidade menor que no primeiro tempo – afinal, sábado (26) tem o Bahia pelo Campeonato Brasileiro e na próxima terça (29) o jogo contra o Jorge Wilstermann, que pode garantir matematicamente a classificação para as oitavas de final da Libertadores. Era sim o caso de controlar o ritmo, evitando riscos e, se desse, ampliar a vantagem.
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Apesar de a bola ficar mais com o Colo-Colo, a sensação que se tinha era que se o Furacão pisasse no acelerador, marcaria o terceiro e resolveria a partida. Fato, convenhamos, bastante raro nesta temporada. E também se evidenciava o desgaste do time, que jogou com muita intensidade. Foi quando as alterações vieram, incluindo a estreia de Jorginho. Tudo nos conformes no melhor jogo rubro-negro no ano.