Athletico x Bragantino era para ser o recomeço do Furacão no Campeonato Brasileiro. Com Eduardo Barros como treinador interino, voltando a ter o “jogo CAP” tão defendido pelo clube e com estreias e voltas de titulares, a expectativa era que o bom futebol retornasse quase que automaticamente. Mas as coisas não são assim: ainda com dificuldades técnicas e táticas, o Athletico ficou no empate em 1×1 com o Massa Bruta, nesta quarta-feira (2), na Arena da Baixada.
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O Furacão teve um início de jogo animador, mas após sofrer o gol de empate o time caiu de rendimento e só conseguiu equilibrar de novo as ações no final da partida. Ficou claro que o time e o clube estão em um processo de reconstrução, mais mudanças virão, e Eduardo Barros vai precisar de tempo. E o torcedor, de paciência.
Mudanças no Furacão
Eduardo Barros precisava, mais do que mudar peças, mudar a postura do Athletico. Voltar a ter um time agressivo, que joga em velocidade e impõe seu estilo principalmente dentro de casa. A equipe titular era leve, com Abner e Khellven nas laterais, Erick jogando na dele, ao lado de Wellington e Léo Cittadini, e Pedrinho e Geuvânio mais próximos a Guilherme Bissoli.
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Um time com potencial de jogar bem mais do que o Rubro-Negro vinha jogando. Além disso, esperava-se um ambiente melhor. Houve muito disse-me-disse desde a derrota para o São Paulo sobre problemas de relacionamento, incompatibilidade entre Dorival Júnior e alguns jogadores, ‘panelinhas’ e coisas assim. E todos os caminhos – mesmo com relatos distintos do que estaria acontecendo no CT do Caju – apontavam uma aceitação plena do elenco para Eduardo Barros. Um bom sinal para o interino.
Do outro lado estava Marcinho, que por bom tempo vestiu a camisa do Athletico – quando ainda era sem H. Ele cuida do Bragantino até Maurício Barbieri começar seu trabalho, e apostou no colombiano Jan Hurtado, que o time da Red Bull conseguiu tirar do Boca Juniors. Com Leandrinho, Claudinho e Artur, era um time que projetava um jogo de contra-ataque.
Athletico x Bragantino: o jogo
O início do jogo foi frenético. Com os dois times tentando voltar ao estilo ofensivo que notabilizou tanto Furacão quanto Massa Bruta nos últimos anos, não haveria retranca. E da parte rubro-negra era realmente um time mais objetivo, sem aquela troca de passes que chegava a irritar. Foi dessa forma, tentando mais, que o gol atleticano saiu cedo, na jogada de Erick que Geuvânio teve tranquilidade e talento para marcar.
Era um jogo mais agradável. Pedrinho e Geuvânio se movimentavam mais, fechavam por dentro e abriam o corredor. Mas, por ser um recomeço, ainda havia descompasso na marcação, o que permitia ao Bragantino ter algumas chegadas fortes. E numa dessas jogadas, Claudinho saiu pelo meio em velocidade e fez um belo gol encobrindo Santos.
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O gol do Bragantino deu uma assustada no Furacão, que perdeu o controle da bola. Com jogadores talentosos, os visitantes ganharam confiança e passaram a ‘alugar’ o campo atleticano. E foi assim até o final do primeiro tempo, com Eduardo Barros gritando “concentra” para seus atletas.
Dificuldade
O cenário na etapa final seguiu o mesmo. O Athletico não conseguia repetir o bom início de jogo e o Bragantino estava solto, trocando passes e se aproximando do gol de Santos. Os donos da casa ficavam com a opção do contra-ataque, e tentando retomar o controle da partida o técnico interino apostou na estreia de Fabinho, que entrou no lugar de Pedrinho, que novamente teve atuação apagada.
Logo depois entraram Christian e Carlos Eduardo nos lugares de Erick (saiu machucado) e Geuvânio. Os dois deram mais dinamismo ao Furacão, pelo menos cessando com o domínio dos visitantes. Faltavam duas trocas, e Eduardo Barros apostou em Walter e Richard. Saíram Wellington (talvez pra deixar o clube) e Guilherme Bissoli.
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Mas com o ataque todo modificado, ainda longe do ritmo ideal, o Athletico não conseguiu ser agressivo para resolver a partida. Do outro lado, o Bragantino chegou mais, mas errou bastante nas definições. No final das contas, o empate foi um resultado justo, e que mostrou que Eduardo Barros terá trabalho para fazer o Furacão voltar a jogar do jeito que a torcida gosta.