Era pra ser o jogo da reabilitação, mas Athletico x Botafogo acabou não sendo. Novamente com uma sensível queda de rendimento do primeiro para o segundo tempo, o Rubro-Negro conseguiu arrancar o empate com o Fogão em 1×1 na tarde desta quarta-feira (9), na Arena da Baixada. A atuação foi ruim mais uma vez na sétima partida sem vitória no Campeonato Brasileiro. E tudo somado deixa a vida complicada para Eduardo Barros.
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O técnico interino errou na escalação e demorou a colocar Ravanelli, que quase fez o Athletico virar o jogo. E fez apostas que não se justificavam antes de a bola rolar, e que se confirmaram errada no decorrer da partida. Pressionado pela “reformulação” anunciada pelo presidente Mário Celso Petraglia, o treinador vai para o Atletiba com o trabalho em xeque.
Athletico x Botafogo: as mudanças
Eduardo Barros decidiu tomar partido pelos veteranos do Furacão. Escalou Jonathan, Thiago Heleno, Márcio Azevedo e Lucho González como titulares. O único que se imaginava que jogaria era o General, os outros três foram as surpresas. Ao mesmo tempo, uma formação com tantas mudanças (seis ao todo) em relação à derrota para o Vasco mostrava como o interino ainda tem dificuldade para encontrar uma equipe.
Diante de um adversário que aposta no jogo de transição rápida, com Kalou, Matheus Babi e Bruno Nazário, o Athletico esperava uma volta plena de Nikão. A presença do camisa 11 em campo dava mais confiança no sistema ofensivo rubro-negro. Mas havia preocupação com a falta de proteção da defesa. E dependeria boas jornadas individuais daqueles que passavam a ser os jogadores de confiança de Eduardo Barros.
O jogo
Athletico x Botafogo começou com o Furacão tendo uma chance de ouro para abrir o placar – mas Fabinho chutou em cima de Diego Cavalieri. Era a tentativa de mostrar que havia uma postura diferente, com o time em alta rotação. Era uma estratégia bastante ofensiva, com Nikão, Lucho, Léo Cittadini e Fabinho bem avançados, mas que podia ceder espaços ao Botafogo.
E depois dos primeiros 15 minutos de empolgação, o Rubro-Negro diminuiu a velocidade. Mas jogava dentro do campo botafoguense, que tinha fragilidade pelos lados – pela esquerda, Fabinho levava muita vantagem sobre Kevin. Mas Nikão era o dínamo atleticano, carregando o time para o ataque.
Mas faltava finalização, faltava objetividade e sobrava espaço para o Botafogo contra-atacar. E o time carioca só acertou um lance no latifúndio que ficava no meio-campo, e graças ao VAR (na posição irregular de Caio Alexandre) o Athletico se livrou de terminar o primeiro tempo atrás no placar. Era preciso mais do que mostrar que se joga ofensivamente. Era preciso ser de verdade.
Etapa final
O Botafogo voltou do intervalo tentando cuidar da marcação sobre Nikão e Fabinho. Era com os dois extremas que o Athletico poderia decidir a partida. Mas os donos da casa sofriam com a desorganização tática. Márcio Azevedo e Lucho González, duas escolhas de Eduardo Barros, estavam mal e deixavam furos no sistema defensivo. Aí o treinador resolveu tirar Cittadini e Lucho para colocar Alvarado e Christian.
Só que era um momento em que a partida caiu muito de produção. Nem Furacão nem Botafogo mostravam capacidade para criar oportunidades de gol. Era uma de errar passe ali e errar passe aqui que dava nos nervos. Khellven foi a terceira alteração rubro-negra, no lugar de Jonathan. E logo depois entrou Geuvânio no lugar de Fabinho.
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Mas mesmo Nikão não conseguia mais jogar, e o Rubro-Negro ficava preso em seu campo. Até Alvarado cometer pênalti em Ruan. Victor Luís cobrou forte e marcou. Após a entrada de Ravanelli, o Athletico melhorou muito até conseguir o empate com o estreante da tarde. E poderia até ter vencido, mas Nikão errou a cobrança de pênalti aos 49 minutos. O empate não foi injusto. E mostrou mais uma vez as dificuldades do Athletico.