Após duas vitórias – em um clássico e na altitude pela Copa Libertadores -, o Athletico acalmou e muito o ambiente. Veja só, já faz uma semana que Mário Celso Petraglia não vai ao Twitter para reclamar de quem o critica, um sinal e tanto de pacificação rubro-negra. Para melhorar, Eduardo Barros teve uma semana no CT do Caju para treinar até o jogo desta quarta-feira (23) contra o Colo-Colo, na Arena da Baixada. Então, já podemos esperar o Furacão jogando melhor?
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Com certeza. No momento que o Athletico vivia, era muito preciso conquistar os resultados. O futebol, no final das contas, é simplificado no placar – infelizmente. Tudo que se constrói, por mais certo ou mais errado, só se afirma com as vitórias. Quem sustenta um trabalho mesmo sem o resultados não só é a exceção que confirma a regra como também mostram que é possível fazer o certo, mas nem sempre dá pra fazer no mundo real. Quer dizer: nem todo clube é o Liverpool.
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Portanto, para se construir – ou reconstruir, o que é o caso do Furacão – um modelo de jogo, é fundamental ter uma ‘cama’ que sustente possíveis dificuldades. Foi o que o Rubro-Negro conseguiu com os resultados. Saiu da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro e encaminhou a classificação para as oitavas de final da Libertadores. Há muito a fazer ainda, mas Eduardo Barros agora pode aliar desempenho com o resultado.
Athletico sem improvisações
A vitória sobre o Jorge Wilstermann na última terça-feira (15) valeu muito, mas não veio porque o Athletico arrebentou. Uma série de fatores levou ao resultado: a melhor qualidade técnica, o cansaço dos bolivianos, a estrela de Walter, o brilho de Christian e Erick. Dentro dessas coisas, fica evidente que a improvisação de peças não pode estar no radar do técnico interino. A utilização de Lucho González como falso 9 foi uma medida extrema em um momento extremo.
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O Furacão pode pensar no seu time a partir de Christian e Erick. Os dois podem dar o dinamismo necessário para que o rendimento da equipe cresça como um todo. Hoje eu consigo ver o Rubro-Negro sem Wellington e com os dois garotos formando o meio-campo com Léo Cittadini – e se este for mesmo negociado na janela de outubro, com Ravanelli. Uma linha central mais jovem, mais ágil, mais com cara de Athletico.
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Na frente, Nikão ainda não tem seus companheiros definidos. Fabinho ou Geuvânio? Ou os dois, enquanto Bissoli não supera a má fase e Walter ainda não tem ritmo para atuar 90 minutos? E na defesa, será preciso escolher entre Jonathan e Márcio Azevedo – é arriscado ficar com os dois veteranos nas laterais. Pela qualidade, ficaria Jonathan na direita e Abner na esquerda. Santos, Pedro Henrique e Thiago Heleno são titulares naturais. Mas o mais importante é que Eduardo Barros tenha convicção no que pensa sobre o Athletico, e que saiba que jogar bem continua sendo o melhor caminho pra vencer.