Athletico campeão paranaense. Na verdade, tricampeão, conquistado com uma vitória por 2×1 sobre o Coritiba na noite desta quarta-feira (5), no Couto Pereira. Um título justo, que teve a metade inicial da campanha com os jogadores jovens, mas que teve a marca dos campeões da Copa do Brasil na hora do vamos ver. E foi com dois titulares daquela partida contra o Internacional que vieram os gols do título.
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Superior tecnicamente ao rival, o Athletico campeão tem a marca do talento de Nikão, que fez o gol definitivo, e do jovem Khellven, que mostrou porque era titular ano passado. E também de Santos, decisivo mais uma vez, o melhor jogador das finais do Campeonato Paranaense.
Sem surpresas
Nem Eduardo Barroca nem Dorival Júnior surpreenderam na escalação de Coritiba e Athletico. Mostrei que, mesmo sem ter muitas opções, era possível tentar mudar a cara do jogo desde o início, mas os treinadores preferiram evitar os riscos. No Coxa, a mesma escalação, sem tirar nem pôr, do clássico da Arena. No Furacão, apenas a entrada de Adriano na lateral-direita.
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Então, com as peças praticamente todas mantidas, o jogo dependeria de como os dois times iriam executar seus planos de jogo – se o Coritiba teria mais presença no campo adversário, se o Athletico seria um time mais reativo do que o habitual. Barroca prometeu um time agressivo na entrevista ao DAZN, Dorival falou em impor o ritmo mesmo fora de casa.
Apitou o árbitro!
E o jogo começou do mesmo jeito que a ida. Os dois times tentando marcar a saída de bola, pressionando principalmente os zagueiros. O Coxa estava mais adiantado, mas sem ser um posicionamento arriscado. E o Furacão tentando fazer seu jogo de transição rápida. No trabalho tático, o Atletiba era o ‘clássico do jogo posicional’: todo mundo ocupando seu setor. E como os rivais têm desenho parecido, parecia via rápida às seis da tarde – tudo engarrafado.
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As chances começaram a aparecer mais cedo, o que era uma boa notícia. Mais por conta de falhas técnicas ou de posicionamento, mas já faziam a partida ser mais animada. Naturalmente com um time posicionado à frente, o Athletico fazia dessa postura a barreira principal para a iniciativa do Coritiba. Assim, o meio-campo (no caso, Matheus Galdezani) não trabalhava, e as jogadas de Rafinha e Robson se mostravam as armas mais eficientes dos donos da casa.
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Mas Rafinha saiu do jogo com apenas 25 minutos, com suspeita de fratura na perna. O silêncio das arquibancadas permitia ouvir os gritos do camisa 7 alviverde. Até o DJ parou de tocar. Thiago Lopes entrou na mesma função – outra vez Barroca não arriscava. Após a saída do meia, a partida ficou nervosa. O Coritiba reclamava muito da arbitragem, por conta do lance com Rafinha e depois da falta forte de Wellington em Galdezani.
Atletiba, penúltimo ato
O Athletico terminava o primeiro tempo mais arrumado. Só que Adriano segurou Robson dentro da área. O pênalti de um dos jogadores mais experientes do Furacão mudou o Athletico. Sabino cobrou com muita competência e fechou a etapa com 1×0 para o Coxa e tudo igual na decisão.
E como o resultado levava para os pênaltis, o segundo tempo trazia dois times que queriam atacar, mas que não se soltavam de vez. Essas situações conflitantes só aumentavam a tensão do Atletiba. O Coritiba retomou a postura de marcação intensa sobre as principais peças do Athletico, que avançava suas linhas para tentar jogar dentro do campo adversário.
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Dorival Júnior enfim colocou Pedrinho em campo no lugar de Guilherme Bissoli – o atacante, destaque do Paranaense, não foi acionado em nenhum momento pelo treinador, e foi chamado para resolver só no Atletiba decisivo. O jogo se encaminhou para o final com outras substituições burocráticas: Wanderley no lugar de Igor Jesus e Vitinho na vaga de Carlos Eduardo. E Santos fazendo a segunda defesaça da noite – parou Igor no primeiro tempo e Gabriel na etapa final.
O jovem e o craque
Reta final do clássico, com Khellven no lugar de Adriano e o Athletico reclamando pênalti de Nathan Silva. Com apenas 19 anos, revelado em Palhoça pelo Sérgio Ramirez, Khellven tinha estofo para jogar a final da Copa do Brasil, mas não era usado na final com portões fechados. Hoje a quarta opção da lateral-direita, o jovem entrou para resolver. O chute precioso que acertou aos 45 minutos acabou não sendo o gol do título, mas foi uma das cenas marcantes deste Paranaense vencido pelo Furacão.
O último ato teria que ser do melhor jogador do Athletico campeão. Nikão fez um golaço para referendar o tricampeonato rubro-negro. Conquista que afirma o momento do clube, e que serve de combustível para a sequência da temporada. Agora vem o Brasileirão, desafios maiores pela frente. Mas agora é hora do torcedor do Furacão comemorar.
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