Coritiba 6×1 União: a movimentação faz a diferença

Rafinha manda aquele S2 pra primeira-dama. Foto: Albari Rosa/Foto Digital

O Coritiba mostrou uma cara de time titular na goleada deste sábado (8) sobre o União por 6×1, no Couto Pereira. A quatro dias da estreia na Copa do Brasil, a prioridade neste início de temporada, a equipe demonstrou virtudes interessantes para a sequência do ano – fundamentais, inclusive, num momento em que algumas das peças importantes do elenco estão lesionadas. O jogo de controle pensado por Eduardo Barroca fluiu mais justamente por essas virtudes.

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Dentro do que o treinador alviverde pensa, de ter o predomínio tático em campo, muita posse de bola, compactação e poder ofensivo, algumas características são necessárias. O time precisa estar encaixado, para correr o mínimo de risco. O belíssimo gol do União, marcado por Sato, aproveita o fato do Coxa ainda estar se acertando. Toda a construção do lance veio em cima de marcação distante – a ponto do atacante adversário ter tempo de tentar ajeitar a bola no toque de cabeça e depois dar a bicicleta.

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Naquele momento estava 1×0 para o Coritiba, e o time tinha nitidamente pisado no freio. O gol de Ruy poderia ter dado tranquilidade, mas a falha de marcação do time obrigou a pisar no acelerador até Rafinha fazer o segundo gol. Antes disso, apareceram qualidades no Coxa.

No meio

A primeira foi a participação efetiva de Renê Júnior como volante área-área. Se um time quer ter controle da partida e abrir espaços em uma defesa fechada (como estava o União após o 1×1), precisa de volantes que tenham a capacidade de jogar de uma área a outra. Você cria situações diferentes no ataque, quebra linhas de marcação e fica em superioridade numérica. Renê não só fez isso como teve três chances de gol só no primeiro tempo.

Renê Júnior fez um ótimo jogo. Foto: Albari Rosa/Foto Digital

Da metade da etapa inicial para frente, houve uma importante troca de posições entre os articuladores. Rafinha foi para a esquerda, Ruy para a direita e Robson no meio. Os zagueiros tinham que marcar dois (Robson e Sassá), Ruy ganhou jogadas pelo lado e Rafinha confundiu a marcação. Assim foi sendo desmontada a retranca do União, a ponto de Rafinha voltar para a direita e numa virada de jogo de Renê aparecer solto e penetrar até marcar o gol.

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E o terceiro gol, de Sassá, também foi assistência de Renê Júnior, mostrando a importância de sua função. Ruy foi outro que aproveitou a chance, e enquanto Gabriel está lesionado e Jadson sem definição, o armador vai virando titular. Com o União entregue, vieram o quarto gol de Rafinha, o quinto de Sassá, o sexto de Thiago Lopes e a confirmação de uma boa atuação alviverde e a tranquilidade para a ‘missão Manaus’.

Na defesa

Alex Muralha fez duas boas defesas que consolidam sua posição de titular. Rhodolfo e Sabino tiveram pouco trabalho, e Patrick Vieira e Kazu tiveram estreias regulares. Matheus Sales ficou um pouco abaixo, mas o papel dele era mais de destruição e recomposição. À exceção de Kazu, todos devem enfrentar o Manaus.

Túnel do tempo

Foram vinte minutos, mas tivemos Jabá em estado puro no Couto Pereira 18 anos depois. Cabelo pintado, marra, drible nas canetas de Matheus Sales e aquele estilo que causou furor em poucos meses de Curitiba – gols, o famoso cartão amarelo por causa da firula e um acidente na Visconde de Guarapuava que encerrou sua passagem no Coritiba. O atacante fez carreira na Turquia e aos 38 anos já dá seus passos finais na carreira. Será que colocou a cabeça no lugar?

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