Crise perturba o ambiente no Paraná Clube

Ninguém gosta do termo, mas a crise está instalada na Vila Capanema. Após quatro rodadas, o Paraná Clube não consegue se desvencilhar da zona do rebaixamento e segue com apenas 16,67% de aproveitamento.

Desempenho muito abaixo até para os mais pessimistas e que coloca em xeque o futuro do Tricolor na Série B.

Em meio à turbulência, busca-se encontrar equilíbrio para não permitir que o trem descarrile definitivamente.

Estatisticamente, os números do Paraná são ainda mais preocupantes, comparando-se com as recentes edições da Segundona, quando a CBF adotou os pontos corridos. Nenhum dos clubes que ascenderam à primeira divisão tiveram desempenho tão ruim nas quatro primeiras rodadas da competição.

Em 2006, Atlético-MG, Sport, Náutico e América-RN subiram. Destes, apenas o time de Natal teve um rendimento ruim no início da competição (3 pontos ou 25% de aproveitamento).

O Sport, que acabou a competição como vice, fez quatro vitórias seguidas, enquanto Atlético Mineiro (8 pontos) e Náutico (7), ao menos tiveram campanhas equilibradas. No ano passado, a situação foi mais equilibrada.

Porém, os quatro clubes promovidos à Série A foram melhores que o ?atual? Paraná. O Vitória somou 9 pontos nesse mesmo período, contra 6 de Coritiba e Ipatinga. Apenas a Portuguesa foi mal, conquistando 3 pontos. ?Não dá para negar que ficamos muito abaixo do esperado?, admitiu o diretor técnico Fernando Moreno.

O coordenador do departamento de futebol previa dificuldades diante da reformulação do grupo e da chegada gradativa de reforços. Mesmo assim, numa linha pragmática, esperava fechar as cinco rodadas iniciais com 50% de rendimento, algo que se tornou impossível.

?Temos que reagir urgentemente. Para isso, é preciso administrar a pressão e controlar a ansiedade nos jogos. A série de maus resultados gera ansiedade e insegurança?, ponderou Moreno.

E não é para menos. Hoje, o desempenho do Paraná é inferior inclusive ao daqueles clubes que nos dois últimos campeonatos da Série B acabaram rebaixados. No ano passado, dentre os quatro que caíram, apenas o Ituano fechou a 4.ª rodada sem ponto somado. Remo (3), Paulista (4) e Santa Cruz (6) fizeram mais pontos que o Tricolor.

Quadro bem parecido com o de 2006, onde os times que desceram apresentaram os seguintes números no início da competição: Paysandu e Guarani (6), São Raimundo (3) e Vila Nova-GO (0).

A meta continua sendo voltar à elite nacional. Mas, hoje, o primeiro passo é readquirir a confiança, voltar a vencer e escapar – o quanto antes – da ?rabeira? da competição. Com apenas 2 pontos, o Tricolor corre o risco de fechar a rodada na lanterna, já que os três times abaixo dele na tabela ainda não jogaram e atuarão em casa no fim de semana.

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