Além da junção de forças políticas, a crise econômica mundial também pode favorecer indiretamente a candidatura curitibana. Ninguém sabe o que pode acontecer até 2014, mas no momento a possibilidade de recessão em larga escala desencoraja grandes investimentos.
Como Curitiba necessita de poucas melhorias em infra-estrutura e já tem estádio semi-pronto para a Copa (a Arena da Baixada), a cidade ganha pontos em relação a outras, como Cuiabá e Florianópolis, apontadas como principais concorrentes.
Estas precisariam construir um novo estádio e desembolsar altas quantias para atender às exigências da Fifa, em itens como transporte urbano e aéreo. O assunto foi comentado ontem, durante entrega do termo de compromisso do Estado e do município ao presidente da CBF, Ricardo Teixeira, no Rio.
A confiança cresceu tanto que o comitê que trata da indicação curitibana oficializou, diante de Teixeira, a pretensão de abrigar o Centro de Imprensa Internacional da Copa do Mundo.
“Claro que a primeira batalha é para sermos uma das sedes, mas já trabalhamos para pleitear algo mais”, disse ao Paraná-Online o governador em exercício Orlando Pessuti.
Para sediar o Centro de Imprensa, ou IBC, da sigla em inglês, a capital paranaense teria que aumentar consideravelmente a rede hoteleira. Em 2006, na Alemanha, o IBC levou 17 mil pessoas a Munique, quase a capacidade de todos os hotéis de Curitiba. A capital paranaense tentará, ainda, sediar pelo menos um jogo das quartas-de-final do Mundial.