Sinal vermelho

Crise financeira agrava situação do Paraná Clube

Uma semana ruim, três jogos e somente um ponto conquistado. Junte-se a isso uma recorrente crise financeira e é possível encontrar justificativas para a derrocada do Paraná Clube. Líder da Série B durante a paralisação da competição, o time de Marcelo Oliveira ocupa agora um modesto sexto lugar, podendo descer mais quatro degraus até o encerramento da 10.ª rodada, no sábado. Um quadro que desperta velhos fantasmas e acende o sinal de alerta na Vila Capanema.

Os atrasos salariais deixaram de afetar apenas os bolsos dos atletas e funcionários. A sensação é de que após a parada para a Copa do Mundo a incerteza que ronda o clube entrou no gramado e esteve presente em cada um dos jogos do Tricolor. “Talvez afete, mas temos que deixar isso de lado quando entramos em campo”, repete o goleiro Juninho, talvez tentando se convencer de algo que não se pode controlar.

Como dominar a insatisfação? Nos jogos contra Icasa e Brasiliense, e em alguns momentos do duelo com o Icasa, ficou claro que o time não tem mais aquele “brilho nos olhos” visto nas sete primeiras rodadas. Na prática, os números são cruéis. Afinal, em apenas uma semana o castelo construído na fase pré-Copa ruiu como se fosse de areia. Marcelo Oliveira se recusa a pensar assim. “Lutamos muito para conquistar aquela posição. Então, vamos reencontrar a receita para o sucesso”, se apressa em afirmar.

O treinador não pode ser acusado, em momento algum, de omissão. Fez tentativas, aplicou variações táticas, trocou peças… Aparentemente, em vão. O Paraná Clube já não consegue atuar com a mesma “alegria” de outrora. Para a comissão técnica, não se pode atribuir tudo às questões salariais. Talvez a falta de recursos tenha sido o estopim para o momento ruim, mas o quadro acabou agravado por ausências como as dos zagueiros Irineu e Luís Henrique e, quem diria, do ala Jefferson e do meia Wanderson.

Com o time reformulado e sem a mesma alma, o Paraná tem rendimento atual de somente 11%, contra 71,4% na fase pré-Copa. “Vamos trabalhar. Sei que a diretoria está fazendo um grande esforço para colocar a casa em ordem. Lá dentro, nossa meta deve ser recuperar aquela mobilização que se tornou marca registrada desse time”, analisou Marcelo Oliveira. “O grupo pode não ser brilhante tecnicamente, mas é muito bom. A competição é ainda longa e temos tempo para dar a volta por cima”, arrematou o treinador paranista.

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