Formada em uma geração que se deparava com pouco espaço para as mulheres em lutas como o MMA (Artes Marciais Mistas), a curitibana Cris Cyborg há cinco anos já sonhava com a realização de um torneio de gênero que incluísse lutas de artes marciais distintas. Seria essa a oportunidade para aumentar a presença feminina em ringues ou octógonos.
Antes de conseguir concretizar seu objetivo, Cris Cyborg se mudou para os Estados Unidos, onde se tornou uma das principais lutadoras do mundo. Ainda assim, deixou como legado a admiração de lutadoras da atualidade que buscam inspiração em sua trajetória e utilizam torneios como o Golden Girls como oportunidade para desenvolver suas carreiras.
Atleta que mais participou do Golden Girls, a curitibana Vanessa Guimarães enaltece a conterrânea. “A melhor de todas é a Cris Cyborg. Tive oportunidade de fazer dois aulões com ela. Dedica-se somente à luta. Treina, dá aulas. É a dedicação dela que a levou a ser melhor do mundo”, disse.
No mês passado, ao comentar sobre o crescimento do MMA entre as mulheres, Cris Cyborg garantiu estar orgulhosa dessa evolução. “As portas vão se abrir, mas tem que agradecer também aos patrocinadores ou promotores desses eventos femininos, de estarem dando essa oportunidade pras mulheres, acreditando no nosso trabalho”, disse.