Criciúma e Fortaleza na série A

O Criciúma carimbou o passaporte à primeira divisão do campeonato brasileiro de 2003 ao derrotar por 3 a 0 o Santa cruz, ontem à noite, no estádio Heriberto Hulse. Com a vitória por 1 a 0 na primeira partida, em Recife, o time catarinesne poderia até perder por um gol de diferença que já garantiria o acesso à elite. mas o time comandado por Edson Gaúcho presenteou a torcida com um resultado expressivo, que traz bons presságios para a final da série B, contra o Fortaleza. O time cearense empatou em 2×2 com o Jundiaí e também disputará a divisão de elite em 2003.

O primeiro tempo do confronto foi marcado por muitas faltas. Com as constantes paradas, o ritmo do jogo era quebrado a todo tempo. Quando as jogadas tinham continuidade, era o Criciúma que levava mais perigo à área adversária. O Santa Cruz, que precisava de uma vitória com diferença de pelo menos dois gols, parecia ansioso e errava muitos passes, especialmente no setor de criação. “Temos que arriscar mais. Estamos correndo sem objetivos”, resumiu o goleiro Nilson na saída para o intervalo.

Mas no retorno ao gramado, foi o Criciúma que entrou com mais objetividade. Logo aos 3 minutos, em cobrança de escanteio pela direita, Cametá subiu de cabeça para abrir o marcador.

Se a vida do Santa cruz já estava complicada, com o gol do Criciúma a saída do time pernambucano foi partir para o tudo ou nada. Com isso, o time catarinense passou a jogar nos contra-ataques. Em um deles, aos 18, Luciano Almeida recebeu da esquerda e chutou um petardo, que passou por baixo de Nilson.

O tricolor pernambucano não teve tempo de respirar e levou mais um. Aos 21 minutos, Delmer puxou contra-ataque e lançou Sandro, que chutou da entrada da área.

Aos 30 minutos, a situação do Santa ficou ainda mais complicada com a expulsão de Grafite, que tomou o segundo cartão amarelo. Lutando também contra o relógio, o time pernambucano não conseguiu reagir e teve que deixar o estádio Heriberto Hulse sob a chuva de fogos de artifícios, bancada pela diretoria catarinense. “É uma alegria muito grande levar o time de volta à Série A. Para coroar, vamos em busca de mais um título da segunda divisão”, prometeu o artilheiro Juca.

Criciúma 3×0 Santa Cruz

Local: Estádio Heriberto Hulse. Árbitro: Edílson Pereira de Carvalho (SP). Gols: Cametá aos 3, Luciano Almeida aos 18 e Sandro aos 21 minutos do 2ºtempo.

Cartões Amarelos: Sérgio Gomes, Delmer e Cléber. Cartão Vermelho: Grafite.Criciúma: Fabiano; Cleber, Cametá, Luciano e Luciano Almeida; Cléber Gaúcho (Walter), Edinho (Douglas), Sandro e Juca; Delmer e Tico (André Scotti). Técnico: Edson Gaúcho.

Santa Cruz: Nilson; Wellington, Fábio, Bebeto e Edson; Humberto, Juliano, Sérgio Gomes e Otacílio (Eriverton); Grafite e Jaílson (Roberto Santos). Técnico: Heron Ferreira.

Um campeão do Brasil com a mão de Felipão

O Criciúma volta a disputar a Série A do campeonato brasileiro após cinco anos na segunda divisão. O time catarinense carimbou o passaporte para a elite do futebol brasileiro ao garantir vaga à final da Série B deste ano, passando pelo Santa Cruz. O outro finalista é o Fortaleza, que está fora da elite desde 1993.

A primeira participação do Criciúma na primeira divisão do Brasileirão foi em 1979, quando os critérios de acesso à primeira divisão eram diferentes dos de hoje. Naquele ano, em um campeonato inflado, o time catarinense ficou em 61.º lugar e não obteve credenciamento para permancer na elite no ano seguinte.

O retorno à primeira divisão só aconteceu em 86, quando o Cricíuma sagrou-se campeão da segunda divisão. A sequência na elite foi quebrada em 96, quando a equipe terminou o Brasileirão em 21.º lugar.

Mas nem tudo foi negativo na década de noventa. No ano de estréia na Copa do Brasil, em 90, o time chegou às semifinais da competição, mas caiu diante do Goiás. No ano seguinte, no entanto, niguém foi páreo para a equipe catarinense, que sob o comando do técnico pentacampeão Luís Felipe Scolari, conquistou o título que credeciou o time a disputar a Libertadores em 92. O título da Copa do Brasil de 91 é considerado, até hoje, a maior conquista do clube.

Fortaleza

O Fortaleza será o representante do Ceará na Brasileirão de 2003. A equipe não disputava a competição desde 93, mas tem em seu currículo onze participações na primeira divisão do nacional. Contra o Criciúma, o time nordestino vai buscar o primeiro título nacional em seus 84 anos de história. De antemão, os cearenses já comemoram a presença na elite do futebol brasileiro em 2003, o que vai garantir oito meses de jogos atrativos no calendário do próximo ano.

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