Engenheiros do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio (Crea-RJ) fizeram uma vistoria nesta quarta-feira ao Estádio Olímpico João Havelange, o Engenhão, administrado pelo Botafogo. O objetivo foi verificar os motivos que levaram aos dois “apagões” seguidos no estádio, um no clássico entre Flamengo e Fluminense, pelo Campeonato Carioca, e outro na partida do Flu pela Libertadores contra o Libertad, do Paraguai, há duas semanas.
Segundo o coordenador da Comissão de Análise e Prevenção de Acidentes do Crea-RJ, Luiz Cosenza, a parte de infraestrutura está em bom estado e é “bem moderna”. As causas que levaram às quedas de energia, de acordo com o engenheiro, ainda não ficaram claras. “Na semana que vem, devemos ouvir a empresa terceirizada responsável pela iluminação do estádio, e também a Light (concessionária de energia elétrica do Rio)”, disse.
A vistoria, segundo ele, só foi possível graças à intervenção do Ministério Público Estadual (MPRJ), já que no último dia 2 de maio o Crea-RJ foi impedido de entrar no estádio. Na época, a diretoria do Botafogo divulgou nota informando que não havia sido consultada “formalmente a respeito e em tempo hábil”. Além de Cosenza, participaram da vistoria outro engenheiro elétrico e o presidente do Crea-RJ, Agostinho Guerreiro.
Quando aconteceram os apagões, o Botafogo alegou que eles não estavam relacionados. O do clássico, segundo o clube, ocorreu por conta de uma queda de energia na região, já que chovia muito. No jogo do Flu pela Libertadores, o problema teria sido uma falha operacional.