A comemoração já estava preparada pela torcida atleticana. Porém, mais uma vez, foi a galera coxa-branca quem fez a festa na Baixada. O resultado de 4 a 2 pra cima do rival e a água no chope rubro-negro fizeram a nação alviverde se sentir um pouco campeã. Ainda está difícil, mas o troféu pode pintar no Alto da Glória no ano do centenário.

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O clima parecia perfeito para o Atlético comemorar o título. O povão rubro-negro tomava conta de 95% da Arena e fazia o Caldeirão ferver. Mas 1.400 guerreiros alviverdes também estavam lá, dispostos a gritar o tempo todo para deixar o ambiente um pouco menos hostil para o Cori.

A alegria coxa-branca começou já quando o time entrou em campo. René Simões, o técnico dos sonhos da galera alviverde, estava no banco de reservas. “Olê, olê, olê, René, René”, saudava o lado verde e branco do estádio.

O time, que havia judiado do torcedor na semana passada, parecia outro e começou arrasador. Ainda não haviam passado sete minutos de jogo quando Marcelinho Paraíba abriu o placar. Pouco depois, o mesmo Marcelinho acertou a trave. O Coxa era dono do jogo.

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Quando Márcio Gabriel foi derrubado na área, o canto verde da Arena foi ao delírio. Marcos Aurélio bateu o pênalti e fez o segundo. Até o intervalo, a galera coxa fez seu grito ecoar na Baixada, diante de 22 mil atônitos atleticanos.

Tensão

Tudo mudou quando os times voltaram pro 2.º tempo. O Atlético partiu com tudo em busca da virada e menos de 20 minutos bastaram para o empate, com Rafael Moura e Marcinho.

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A Arena explodiu. A tensão mudou de lado e a torcida atleticana se tornou soberana. Principalmente quando os alto-falantes anunciaram a vitória do Nacional sobre o J. Malucelli. Um gol bastava para o Furacão agarrar o troféu. E ele parecia próximo.

Redenção

Mas justamente no momento mais improvável, o Coxa foi buscar forças para uma nova reação. Aos 36’, o gringo Ariel Nahuelpán colocou o Cori na frente e jogou um balde de gelo sobre a Baixada.

Vencer em campo inimigo e estragar a festa do rival já era motivo de sobra para o torcedor coxa-branca transbordar de alegria. Mas ainda deu tempo para Marlos marcar o quarto e correr para a galera, beijando o pavilhão alviverde.