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Marquinhos reclamou que o time
entrou na correria da Adap.

Bom público e um ótimo resultado. A vitória sobre a Adap (1×0) garantiu a liderança isolada do Grupo A ao Coritiba, com sete pontos. Foi a estréia do time da Capital em sua "nova casa", o Willie Davids, em Maringá. Quase cinco mil torcedores foram ao estádio e viram um jogo corrido e cheio de alternativas. No final, pesou a maior experiência do Alviverde, que controlou as ações na etapa final e garantiu os três pontos com o primeiro gol de Marciano com a camisa coxa.

O primeiro tempo foi todo da Adap, que mostrou por que tinha 100% de aproveitamento até então. Com muita velocidade, o time de Campo Mourão envolveu completamente o Coritiba, desarticulado e exagerando nas ligações diretas. A sorte do jogo só não tomou outros rumos pela ação direta do goleiro Fernando. Ele defendeu uma penalidade máxima cobrada por Rogerinho, logo aos 13 minutos. Pouco depois, contou com a sorte quando Barbieri acertou a trave.

A pressão foi tanta, que só aos 32 minutos o Cori conseguiu levar perigo ao gol de Fábio. Jucemar fez a jogada pela direita e cruzou, mas Negreiros tentou um toque "de letra" e acabou furando. Fernando voltou a trabalhar no final do primeiro tempo, desviando um chute de Batista, livre de marcação. Marquinhos deixou o campo reclamando da falta de tranqüilidade do time, que não colocou a bola no chão e "entrou na correria" do adversário.

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Para corrigir os problemas – Lopes também não gostou da marcação do lado esquerdo do seu time -, o treinador trocou Reginaldo Vital e Negreiros por Pepo e Marciano. Com as mudanças, acertou o meio-de-campo e garantiu maior velocidade no ataque, já que Negreiros foi peça nula. Além disso, o Coritiba voltou mais disposto e controlou as ações da partida, anulando a correria do adversário.

Se na fase inicial Fernando foi o destaque, no segundo tempo foi a vez de Fábio trabalhar. O goleiro da Adap fez duas boas defesas, mas não teve como impedir o gol de Marciano. O atacante fez a diferença e deu muito trabalho à zaga de Campo Mourão – e ao árbitro. Evandro Rogério Roman anulou corretamente um gol marcado por Marciano, pois ele empurrou o zagueiro para então cabecear para as redes. Mas, o artilheiro não desistiu e fez um golaço aos 28 minutos.

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Após a jogada de Ricardinho, ele dominou fora da área, gingou à frente do marcador e soltou a "bomba", indefensável, no ângulo direito de Fábio. Em desvantagem, a Adap caiu muito de rendimento e pouco fez para arriscar o empate. O Coritiba é que esteve a pique de ampliar, com Laércio desviando após "peixinho" de Marciano, mas a zaga salvou sobre a risca. Lopes elogiou o desempenho do time na fase final e reclamou muito da arbitragem. O treinador alega que o gol anulado fora lícito e ainda protestou uma possível penalidade não marcada.

O Coritiba, agora, volta a campo no domingo, quando encara o Roma, no Estádio Bom Jesus da Lapa, em Apucarana. A comissão espera contar com Luís Carlos Capixaba, que não entrou em campo ontem devido à uma virose. Pelo jogo de ontem, Marciano entrou definitivamente na briga pela condição de titular. Pior para Negreiros.

CAMPEONATO PARANAENSE
1.ª fase – 3ª Rodada
Local: Willie Davids (Maringá).
Árbitro: Evandro Rogério Roman.
Assistentes: Gilson Pereira e Agnaldo Pinheiro de Oliveira.
Renda: R$ 33.475,00.
Público: 3.598 pagantes (4.936).
Gol: Marciano a 28? do 2º tempo.
Cartões amarelos: Reginaldo Vital, Reginaldo Nascimento e Flávio (Coritiba). Silas (Adap).

Coritiba 1×0 Adap

Coritiba
Fernando; Miranda, Flávio e Reginaldo Nascimento; Jucemar, Márcio Egídio, Reginaldo Vital (Pepo), Marquinhos e Ricardinho; Negreiros (Marciano) e Luís Carlos (Laércio).
Técnico: Antônio Lopes.

Adap
Fábio; Elvis, Ademir, Pereira e Rogerinho; Silas, Batista, Danilo (Jair) e Barbieri; Adílson Popó e Marcelo Peabiru (Jorge Luís).
Técnico: Toninho Cobra.

Alviverde está de luto por José de Oliveira

A nação alviverde perdeu um dos dirigentes mais queridos que já passaram pelo Alto da Glória. José de Oliveira faleceu na manhã de ontem, em decorrência de complicações após um derrame.

Braço direito do presidente Evangelino da Costa Neves por mais de 20 anos, Zé de Oliveira, como era carinhosamente chamado, começou sua vida no Alviverde como funcionário, mas logo tornou-se conselheiro, tamanha a dedicação e amor pelas cores verde e branca. "Ele foi um guerreiro no período mais áureo do Coxa, inclusive tendo participação decisiva na conquista do título brasileiro de 1985", disse o ídolo coxa-branca Dirceu Krueger.

Mesmo com a saída de Evangelino, Zé de Oliveira permaneceu no Verdão até meados de 96, quando passou a se dedicar ao Rio Branco, de Paranaguá e posteriormente ao São Bento, onde estava atualmente. "Pude trabalhar com ele. Foi realmente uma pessoa especial e um ótimo profissional", afirma Almir Zanchi, que já foi diretor de futebol do Coritiba e hoje trabalha na Federação Paranaense de Futebol.

Zé de Oliveira está sendo velado no Cemitério Municipal, onde será sepultado hoje, às 10h.